Cemitério Summer Hill

[Ryou Hayashi]

Relembrando a primeira mensagem :

Considerado quase que um ponto turístico da cidade, o Cemitério Summer Hill foi erguido em memória das vidas que se perderam no passado, na trágica Batalha de Camlann. Há um monumento em memória do ocorrido no centro. É um lugar bastante silencioso e dizem que durante a noite e os moradores possuem certo receio do cemitério, já que dizem ser possível ouvir o som de armas se chocando como se a batalha nunca tivesse terminado.


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[Fate Bringer]

A noite carregava um ar muito mais pesado do que o normal. Aqueles ali presentes mal poderiam imaginar o rumo que aquela noite tomaria.

Em uma inspeção mais minuciosa, os bravos magis e servos que atenderam ao chamado poderiam notar no chão algumas longas e estranhas marcas de unhas, tal como pegadas de algo certamente bestial. Além disso, alguns túmulos haviam sido revirados e o que restou de um corpo jazia recostado em uma estrutura de pedra mais a frente. Este mesmo cemitério revelaria uma longa trilha de sangue que rumava até a Mansão Shibaki.

[Vênus]

Ele havia sentido meu servo? Pensei sozinho enquanto encarava para todos os lados, notando que sua ideia de procurar pistas foi realmente boa, comecei caminhando sozinho mais adentro do cemitério até notar um rastro de sangue ainda molhado seguindo em uma direção abstrata. Caminhei mais adentro até notar os túmulos revirados, ali era o começo da trilha, virei então em direção a onde ela seguia e indo um pouco pra frente notei que era em direção a casa a qual estava acontecendo a briga.

— Certo, Albert do falso Caster, se quiser seguir esta trilha fique a vontade, mas lhe informo que ouvi boatos de que a casa de Shibaki esta tendo uma luta entre mestres e servos. Eu não seguirei esta trilha nem que me obriguem, se isso é tudo que esse tal homem que você fala oferece como "graça" seguirei caminho. — Disse enquanto voltava em direção a moto, ainda não subindo na tal, apenas caminhando em direção a ela.

[Setsuna e mais uma negada]

Nonoka riu novamente da situação toda conforme não conseguiu mais se aguentar

- meu deus gente, seis mentem mal pra burro HAHAHAHAHAHAHHAHAHHHAHAHA

Então subitamente uma flecha passou voando muito próxima de Nonoka e atingiu uma tumba próxima, no caso a flecha trazia uma mensagem que Nonoka rapidamente leu e logo disse em tom alto para os ouvintes.

- Aqui diz "não se preocupem com a mansão shibaki, não temos nenhum problema fora um monstrengo gigante, o pior ainda está vindo, posso ver de longe", ops...parece que estamos no centro de algo grande hihihihihi

a serva se divertia com a expressão dos presentes

[Albert (Albe) Tannhauser]

Albert seguia Gael que prontamente tomava a dianteira. No caminho não faltou sinais de que a criatura já havia despertado.

- Mas que bagunça... - Albert se ajoelhava para observar o corpo jogado diante de uma lápide. - Perdhro me informou que a criatura estava muito perto de tomar forma. Mesmo assim eu não entendi que a situação era tão urgente, devíamos ter chegado mais cedo. - Comentava com frieza, porem lamentado os estragos mesmo ainda não podendo dizer se o cadáver é uma vítima do monstro ou se apenas foi desenterrado pelo mesmo de uma das covas.

Não poderia deixar que isso tomasse nem um segundo além do necessário e continuou seguindo Gael até ele finalmente para para expor suas observações e sua decisão de não seguir mais em frente. Ele mencionou o nome "Shibaki", não lhe era um nome estranho, mas não era pertinente pensar nisso agora.

- Como assim? Um confronto lá agora mesmo? - Albert olhava naquela direção por um instante esfregando o queixo pensativo e então voltava de falar. 

-Espere Gael. - O chamava para deter sua partida. - Perdhro disse que esse monstro tem afinidade com a ódio e violência, que isso a fortalece... - Dizia com frieza racional. - Se for verdade então deve ser isso que está atraindo a criatura. Entende o que isso significa? Se a criatura é atraída e se fortifica por nossas lutas então é perigoso demais continuarmos com a guerra antes de lidarmos com ela, não apenas para nós. Ela pode fazer seu caminho no meio da cidade para nos caçar.

[Albert (Albe) Tannhauser]

Albert se alertou com a flecha atirada contra a lápide, mas logo a serva mostrou que a situação era inofensiva ao recolhe-la com a mensagem para lê-la em alta voz.

- Hm... - Suspirava com certa gana. - O que isso quer dizer exatamente? Um pedido de reforço? - Detestava quando as pessoas se expressavam de forma abstrata com a presunção de que seriam perfeitamente compreendidas. Ele era um tanto desconectado do senso comum e por isso podia mesmo cometer erros constrangedores por causa de mensagens assim onde as pessoas dizem algo querendo na verdade dizer outra coisa.

[Setsuna e mais uma negada]

- Ou pior do que isso, essa criatura pode causar a destruição de vida inocentes pela cidade ENQUANTO nos procura.....não se preocupem, minha mestra está enviando apoio ao local, se for necessário auxilio.....serão avisados, fiquem tranquilos

Nonoka agora não brincava mais, assumia um tom sério conforme enviava uma mensagem mental para Setsuna explicando a situação

[Vênus]

Ao ouvir a voz de Albert, pausei a caminhada, virei o rosto em direção ao homem olhando-o por cima do ombro com um certo olhar de tédio, realmente aquilo já havia tomado todo meu tempo, as palavras dele eram um tanto estranhas, se sabia da origem do monstro e sua fonte de alimento, deveria ter falado dos detalhes anteriormente, começou a suspeitar daquele homem perante tudo que havia acontecido, desde a mentira da classe do servo até mesmo sobre sonegar tal informação.

— Se aquele monstro é atraído pela violência, espero que ele acabe com todos que estão naquela casa. Quando ele sair de lá eu irei mata-lo. 

[Albert (Albe) Tannhauser]

Albert não se atentava a desconfiança que Gael tinha sobre ele, não foi sua intensão esconder nada sobre a criatura, essa informação que compartilhou agora apenas lhe veio a lembrança nesse momento.

- Hm... Suponho que seja um bom plano. - Dizia concordando com Gael, cruzando os braços ainda pensativo olhando na direção da trilha deixada pela besta. - Se ali só houver apenas outros competidores da guerra acho que seria insensato prestar qualquer ajuda. Mesmo assim devíamos acompanhar o confronto o mais de perto. Temos que considerar a possibilidade de que a criatura possa vencer sem sair enfraquecida da luta. - Então voltou a andar seguindo o rastro em direção a mansão. - Nesse caso, por um bem maior, deveríamos ajudá-los.

[Vênus]

Virei o corpo em direção a Albert enquanto caminhei de forma calma em direção ao tal, parando ao seu lado antes dele começar a seguir a trilha, esperando poder para-lo apenas com as palavras que viriam a seguir. — Se a criatura se alimenta da violência, seria imprudente ajuda-la a se alimentar, evitar o confronto direto enquanto esperamos ela se alimentar daqueles seres, seria o mais inteligente a se fazer, não? Alias. Eu sei que seu servo não é Caster, o Caster é comandado por outro mestre a qual eu já vim a conhecer.

Sorri um pouco irônico em direção ao tal enquanto ainda esperava que ele tivesse parado de seguir a trilha, olhando para suas costas enquanto ambas as mãos se escondiam no  bolso das calças. — Você não parece gostar de matar, porque aceitou entrar nesta guerra?

[Albert (Albe) Tannhauser]

- Eu não sei. - Respondeu a sugestão de Gael. - Esse tipo de monstro é uma novidade para mim, mas Perdhro parece conhecê-las bem. Se omissão resolvesse o problema, não acho que ele nos recrutaria para caçá-lo. Além do mais, acho lógico pensar que a criatura pode criar sozinha todo o caos e medo que precisa pra se alimentar.

- Sim, eu esperava que soubesse sobre Caster, já que está relacionado aos Lunnargentto. - Olhou com frieza para o homem como se analisasse sua expressão buscando alguma malícia. - Pareço tão claro assim? Bom, eu vou admitir: não tenho nenhum interesse pessoal nesse jogo ou no Santo Graal. Apenas vim para cobrir outra pessoa, eu não podia deixá-lo arriscar sua vida nisso, por isso ofereci a minha no lugar. Não é uma estória muito interessante para se aprofundar, mas vou confessar que nunca matei ninguém, nem mesmo na luta preliminar exigida para convocar meu servo.

Albert recordava de seu primeiro oponente.

- Meu oponente foi um garoto, parecia confiante de suas habilidades, mas era muito jovem, uns 15 anos eu acho. E além disso ele também andava numa cadeira de rodas. Eu fui capaz de convencê-lo a desistir da luta antes mesmo dela começar... Deixei bem claro que se ele quisesse seguir em frente, se realmente acreditasse que valia a pena apostar a própria vida nisso, então eu não teria piedade e não me sentiria culpado, afinal é esperado que nenhum de vocês o polparia depois se ele se tornasse um mestre.

Por um momento ele também olhou para a serva que os acompanhava.

- Creio que eu fui o único que poupou o primeiro oponente nas preliminares, não fui? Eu acredito que nenhum de vocês está disposto a se render como aquele garoto, correto? Realmente pra vocês está valendo a pena arriscarem a vida?

[Vênus]

Suas palavras eram diretas, realmente ele não estava afim de contar sobre seu servo e isso me causou ainda mais curiosidade e desconforto, em momento nenhum tirei os olhos do oponente enquanto ele revelava não gostar muito de matar e por fim revelou que sabia que eu possuía um servo, na realidade foi até bom saber que não estava lidando com um maluco qualquer que sequer conseguia sentir os sentimentos do servo, por um segundo a brisa do local passou arrastando algumas folhagens secas junto a ela enquanto balançava meus cabelos atrapalhando um pouco a visão do local.

— Creio que não foi difícil fazer um deficiente desistir da guerra. — Disse sobre o oponente dele, fechei ambos os olhos enquanto me lembrava do velho a qual tive que batalhar para invocar Émilie, a lembrança era clara como a água, como se tivesse acontecido a pouco tempo mesmo passando-se quase um mês já.

— Fico feliz por ter descoberto meu servo, meu oponente não me deu escolhas em mata-lo, ele queria conquistar de modo bíblico meu servo. — Abri os olhos lentamente enquanto o brilho azulado encarava por poucos segundos a lua ao momento que ergui a face para o céu. 

— E meu desejo... — Lembrei então de Camille, as memorias eram até melhores fazendo-me sorrir um tanto idiota, podia senti-la naquele lugar, o sorriso a qual esfriava meu estômago, o olhar que quando irritada pode fazer meu sangue ferver, a pele que mais parece seda e o cheiro, um cheiro tão gostoso que era capaz de fazer as mais belas flores parecerem enxofre. — Eu mataria até o último mago vivo, eu mataria até o último humano e besta fantasma para que ele se realize... Sei que você esta na guerra para ajudar alguém.

Desci o rosto até o momento que meus olhos encontraram os de Albert, cerrando o olhar antes de terminar a fala enquanto parecia demonstrar toda segurança do mundo. — Mas se você entrar na frente do meu desejo eu passarei por cima de você com tudo que tenho... Não tenho que te matar, meu dever é eliminar seu servo e apenas isso, não te vejo como um inimigo e isso é ótimo, mas também não temos nenhuma aliança pré-estabelecida para que eu permita que um mestre permaneça respirando enquanto possuir um servo.

[Setsuna e mais uma negada]

- Perguntas se vale a pena lutar por esta guerra? Normalmente eu diria que não para ser sincera - Nonoka falava calmamente mas não parecia ser ela mesma, pareciam várias vozes falando quase.

- Nós nunca apreciamos a guerra...Apesar de vivermos nela, apesar de termos recebido nosso ganha pão dela, gostaríamos que não houvessem mais guerras, e é esse nosso desejo - A serva falava num tom sombrio, neste momento eram nítidas diversas vozes, os olhos da serva estavam púrpuras conforme ela prosseguia.

-Assim que nossa mestra os derrotar, vivos ou mortos, todos os desejos mundanos dessa raça vão se realizar, teremos uma entidade divina presente para seguir e para sermos guiados!

Com os braços estendidos a(s) serva(s) prosseguiam seu discurso

- Sobre sua criança, com nossa vitória este tipo de pergunta não vai existir mais, pela primeira vez estaremos seguindo de fato adiante, não haverão conflitos, não haverá medo, não haverá injustiça, será um eterno mundo perfeito na escuridão!

Assim então as servas pararam e Nonoka parecia estar voltando a ser ela mesma, sem antes deixar uma última mensagem em riste.

- É por isso que essa será a última guerra, e as pessoas que falecerem....As últimas, lutemos juntos hoje e vamos seguir juntos para o futuro, sigam a nossa Shogun e não apenas os seus mas todos os desejos serão realizados...contando que não sejam malignos para sí mesmos ou ao próximo claro.....um caminho de verdadeira paz e tranquilidade....entregues pela noite.

Nonoka então sorria e num jeito travesso concluía com o indicador no queixo, uma piscadela e um sorriso quase infantil.

- O que acham?

[Albert (Albe) Tannhauser]

- Você parece bem familiarizado a meu respeito. - Comentou sobre como Gael expressava conhecer sobre ele. - Mas fico satisfeito de ver que você não se arrepende em apostar sua vida nisso. E quanto a você, senhorita? - Terminou prestando atenção nela, e ela parecia tão macabra em apresentar seu desejo, mas no fim voltava a si.

- O que eu acho? - Cruzou os braços e fechou os olhos por um instante para refletir nisso. - Bom, você pode não gostar do que vai ouvir, mas acho que isso tem de ser dito...

- Seu desejo parece puro, mas é ingênuo e perigoso. Você parece querer o bem da humanidade, mas esse desejo significa querer anular a ação e a natureza humana e isso trás consequências que não são intencionais. Isso não é salvar o mundo, é aprisioná-lo... é escravidão. E mesmo que seu desejo resolva o problema das guerras, a humanidade sempre vai encontrar outras formas de entrar em conflito, outras formas de matar, porque conflitos fazem parte da natureza humana.

Albert virou de lado, quase de costas para ela. Percebeu que não era seu desejo iniciar um debate filosófico sobre isso.

- Não há nada que você possa fazer para salvar o mundo e isso não é um desejo legitimamente altruísta... Mas você pode salvar aqueles que realmente importam a você.

[Vênus]

Voltei o olhar para Noriko que começava um discurso sobre seu desejo e de sua mestra, era hipócrita o suficiente para dizer aquelas palavras, arqueei a sobrancelha direita enquanto virava o corpo em sua direção. — Sua mestra é uma Dead Apostle... Ela já esta morta, ela se alimenta dos vivos e você me diz que não quer mais mortes? Você me enoja.

Virei o rosto em direção a Albert enquanto mantinha o olhar irritado ainda por conta das palavras da serva de Victorique. — Albert, eu posso te tirar desta guerra... Se me permitir eu lhe tirarei o servo e você não morrerá, você poderá permanecer sem matar ninguém e não será alvejado por outros mestres, eu quero te ajudar e fortificar minhas forças para vencer a guerra.

Sabia que não poderia convence-lo sem antes lhe contar seu desejo, respirei fundo enquanto voltava para a pedra a qual estava sentado antes, sentando em tal enquanto olhava em direção a serva e Albert. — Meu único desejo é permanecer vivo, ao lado de Camille... Meu desejo é que criemos nossos filhos e netos e partiremos juntos já idosos... — Voltei o olhar em direção a serva com certa raiva. — Não permitirei que ninguém retire esse desejo de mim.

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