Cemitério Summer Hill

[Ryou Hayashi]

Relembrando a primeira mensagem :

Considerado quase que um ponto turístico da cidade, o Cemitério Summer Hill foi erguido em memória das vidas que se perderam no passado, na trágica Batalha de Camlann. Há um monumento em memória do ocorrido no centro. É um lugar bastante silencioso e dizem que durante a noite e os moradores possuem certo receio do cemitério, já que dizem ser possível ouvir o som de armas se chocando como se a batalha nunca tivesse terminado.


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[Edgar Poem]

O servo apenas ria enquanto ouvia as duas se manifestarem. Era uma sensação estranha porém ele parecia se sentir extremamente confortável com a situação, como se o clima de terror fizesse parte do seu ser.

--Vocês já estão assim e a história ainda nem chegou em seu clímax. - O servo estava sentado em uma lápide, com um sorriso em seu rosto, ele não tinha ideia do que estava ocorrendo, mas o terror que tal presença causava parecia mais acalma-lo do que qualquer outra coisa.

[Perdhro]

- Até mesmo o fogo já foi temido, irmã. E se fosse meu desejo me revelar, não estaria encapuzado. Os motivos para que eu me oculte, entretanto, são diferentes dos seus. - Diz a entidade, optando por responder primeiro aquela que parecia mais objetiva.

Ao perceber o olhar analítico em sua direção, a figura decrépita inicia uma caminhada vagarosa até a única magi que se encontrava ali presente, e uma vez reduzida a distância entre os dois, o encapuzado a fita por debaixo da sombra que suas vestes projetam. Mesmo que sua face não seja visível, o semblante misterioso da criatura fazia dela ainda mais assustadora.

- Apesar de sua linhagem, você não tem o que é preciso para me entender... Kirasagi. - A  criatura trata de enfatizar a última palavra na intenção de revelar que seus conhecimentos não deverem ser subestimados. Não se revelaria diante daqueles três se não soubesse o que estava fazendo ali. - Além disso, você tem grande parcela de culpa quanto ao que está prestes a acontecer

A reação mais interessante é, de fato, a do servo solitário. O mesmo viera sem seu mestre, revelara sua presença sem problemas e não parecia se afetar pela presença daquela entidade. Talvez ele seja uma peça essencial para resolver a situação caótica que logo todos teriam que enfrentar.

- Eu vou facilitar para você, Kisaragi. Não sou nada mais do que um observador aqui. Entretanto, sei o que está acontecendo e posso saciar suas dúvidas quanto aos eventos que em breve se sucederão.

[Victorique Kisaragi]

A caçadora já tinha entendido que a criatura encapuzada podia detectá-la, e também a sua serva. As habilidades eram em vão, porém eram realmente necessárias? Sabia que outras pessoas podiam ser atraídas pela energia também. O peculiar é que...aquela energia não parecia vir daquela entidade, e sim de algum outro lugar. Ela segurou firme a Katana com a destra, retirando-a da bainha e com a canhota dedilhava seu indicador e médio pela lâmina, recitando algumas palavras baixas para si. Era um encantamento, bastasse ativá-lo se precisasse. Era preciso ter cuidado com essas aproximações, ela respirou fundo e esperou pelo pior, em posição de batalha. 

- Não adianta esconder minha presença de ti, já sabeis há muito tempo que estou aqui. Não é mesmo?

Contanto, a surpresa foi maior quando citou o nome de seu clã com tamanha firmeza, como se soubesse de algo a mais. Seu olhar se tornou intenso e seus impulsos a incitavam a acertar-lhe um golpe. Mas se conteve, precisava descobrir mais.

- O que acha que pode me dizer então? O que sabe sobre mim? E o que está insinuando que vai acontecer?

[Setsuna e mais uma negada]

- Não entendo porque estais aqui, mas se tentar algo contra minha mestra irá se arrepender.
- Kisaragi-dono, basta ordenar. Visto que também estamos na companhia de outro servo.

As irmãs concordaram com Setsuna e todas estavam perto de sua mestra.

[Edgar Poem]

O servo apenas admirava a cena sentado na lápide, retirava o livro de seu sobretudo e começava a escrever alguma coisa nele, nenhum tipo de energia ou algo assim era transmitido, era apenas o servo escrevendo como uma pessoa normal.

--É uma cena intrigante, entretanto uma batalha iria destruir seu clima... - falava para si mesmo. - acredito que precisarei fazer alterações, mas isto deve servir.

Ficava então com a caneta preparada pro desenrolar da conversa.

[Perdhro]

- Vamos lá então... - Começa a figura, dando as costas a todos ali e caminhando vagarosamente pelo cemitério, esperando que os presentes o sigam.

O ar gélido da noite e o clima pesado do cemitério apenas servem para intensificar a situação. Como Victorique havia notado, a presença da entidade não é a causadora da intrigante sensação que levou todos até ali, e todas as interrogações daqueles presentes serviram para fazer a caminhada parecer durar uma eternidade.

- Bestas fantasmais são formadas por poderosos núcleos de mana. - Diz a entidade, finalmente quebrando o silêncio enquanto se aproxima de um mural que relembra a guerra que ali acontecera. - E o que as atrai varia. Algumas delas são atraídas cegamente por uma grande quantidade de mana no seu plano, mas outras podem se atrair por sentimentos pelos quais simpatizam.

Enquanto o misterioso homem explica, todos se vêem em frente a grandes estátuas de pedra que homenageiam os bravos soldados que naquele solo lutaram. Todos aqueles que triunfaram... todos os soldados do Rei Arthur. Naquele ponto, parecia que a sensação ruim e a presença ameaçadora se intensificavam, a ponto de dar calafrios naqueles ali presentes.

- Um núcleo de mana muito poderoso está se formando por aqui, e ele grita furiosamente enquanto clama por destruição. - A figura vira-se, encarando precisamente a magi da família Kirasagi. - Uma poderosíssima besta atraída pela ira está prestes a acordar, e sua presença vêm sendo formada desde a batalha aqui travada. Essa besta é guiada pela ira do lorde aqui derrotado, e vêm se fortalecendo por conta cada um de vocês.

[Setsuna e mais uma negada]

- Não vejo motivo para temer criatura das trevas, enquanto estiver viva nenhum mal vai se apoderar de minha mestra.....nenhuma ameaça de qualquer tipo de criatura é maior que a minha presença.

Arcos eram materializados por todas as criaturas das sombras, Setsuna se afastava do local ao passo que suas Irmãs passavam a pairar em torno de sua mestra, nenhuma criatura seria capaz de notar pois afinal, tudo aquilo que compunha aquelas criaturas era absolutamente imperceptível.

- O senhor disse besta fantasmal?

Das trevas emanavam risadas vindas das irmãs de Setsuna e então todas passaram a falar em um único tom.

- Engraçado....nossa classe é especialmente famosa por caçar BESTAS!!!!


Risinhos emanavam pelo local, mas nenhum deles vinha de Setsuna, que apenas preparava seu arco para o combate, seu olho era por detrás do manto de trevas, Púrpura.

[Victorique Kisaragi]

Não conseguia entender o que o outro servo dizia, e nem conseguia determinar a sua intenção. Mas preferiu presumir que ele não os atacaria por enquanto, já que não tinha feito até o dado momento; a mulher caminhou mais uns passos até onde a criatura a levava, sentindo cada vez mais a energia maligna se intensificar, ela começava a se sentir incomodada e pesada por conta disso. Não conseguia medir a amplitude dessa manifestação, e para uma besta lhes chamar e pedir "ajuda"...o que o levava a isso? Victorique sentia a hostilidade que sua serva manifestava perante aquilo, se orgulhava. E estava pronta - da mesma forma - para o combate, mas se há algo que seus anos de experiência como Magi, e a natureza vampírica, trouxeram, foi a capacidade de identificar quando seria capaz de enfrentar algo sozinha ou não.

- Setsuna, somente sob minha ordem por favor. Essa besta, ainda não nos atacou, tampouco aquele servo sentado ali. Eles devem ter um motivo para isso...e como eu posso sentir, sei que vocês também podem. Isso é demais para você, não é criatura? por isso está nos reunindo aqui? para batalharmos juntos antes que o pior aconteça...? Isso é perigoso mesmo para vocês..? Mas saiba que...

Ela ergueu o rosto, estava segura perto de Setsuna e as outras servas, encarou as estátuas com determinação, o local que o encapuzado mostrava, e sorriu discretamente.

- Eu sou uma caçadora, e você está incluída na minha lista de caça. É claro, está sendo sensata no momento e por isso eu também serei.

[Perdhro]

- Vocês estão todos errados, crianças. - Responde firmemente a figura misteriosa, virando-se para encarar os outros ali presentes. - Vocês não tem o necessário nem mesmo para pensar em me enfrentar. Minha existência e conhecimento estão muito além da sua capacidade de compreensão, e deve também ser levado em conta o fato de que sei tudo sobre você, Kisaragi. Como eu disse, sou um observador e sou muito bom no que eu faço.

Após a isso, a entidade dá as costas ao grupo e inicia uma lenta caminhada na direção contrária, aumentando o tom de voz conforme a distância para que ainda fosse possível ouvi-la.

- Saibam que eu não tenho nada a perder e nem a ganhar com o triunfo dessa besta. Aviso-os sobre este perigo por outros motivos. - Seu tom de voz é agora sério e ríspido, diferente do frio anteriormente demonstrado. - A criatura despertará daqui a dois dias, e fortalece-se com a ira de cada um de vocês. Para derrotá-la, terão de aliar-se a outros personagens dessa guerra e enfrentar seus próprios fantasmas, assim enfraquecendo-a e salvando não só a guerra como essa cidade.

Por fim, a criatura acelera o passo de sua caminhada a medida que suas vestes se camuflam com a escuridão, até que enfim desaparece em meio ao escuro cemitério.

[Edgar Poem]

O servo continuava a se deleitar com a cena que presenciava, era algo realmente muito, mas muito reconfortante era até doentio o quão bem ele se sentia naquele lugar. Quando a figura encapuzada mostrava um caminho logo a seguia e o terror aumentava, mas que sensação maravilhosa. Até ouvir a serva se pronunciando.

Uma risada era ouvida. - Não importa suas capacidades caçadoras, essa é claramente uma besta digna do terror, se tal criatura fosse tão fraca eu não teria tamanho deleite apenas com o profanar sobre sua existência, certamente que é um monstro capaz de parar até mesmo heróis lendários. - Sua mão não parava de escrever em seu livro, essa sensação levavam seus sentidos a mil, sua imaginação fluía com uma leveza, até que parava, a história estava terminada, um final infeliz. A criatura ia embora quase no mesmo momento que ele terminava de escrever, ele então se levantava para sair também. - Espero poder enfrentar vocês depois que essa besta for morta. - se desmaterializava e ia embora.

[mdt: ???]

[Setsuna e mais uma negada]

As Irmãs de Setsuna rodeavam sua mestra, não confiavam em nem uma palavra da entidade a sua frente e estavam prontas para qualquer coisa.

Setsuna então falou mentalmente com sua mestra

"Mestra, como devemos proceder? Mesmo que seja mentira as motivações dele o perigo posso sentir que é real....Se desejar podemos convidar para a batalha outros mestres e servos"

[Victorique Kisaragi]

Sentia-se demasiadamente incomodada com aquela criatura, seu modo de agir e falar, seu senso de superioridade. E o motivo de seu incômodo era este, ela realmente ser mais forte do que a mestra e serva ali presentes. A morena engoliu a seco quando este mencionou aliança com outros mestres. Não que ela não tivesse feito ainda, mas teria de se expor de tal forma e convidá-los para um "time"? Não mesmo. Não gostava desse tipo de coisa. Observou a criatura esvair sem dizer uma palavra sequer, também não se deu conta mas o outro servo tinha desaparecido, restando apenas ela e as servas no cemitério. 

- Setsuna, queridas servas. Sigam-me.

Depois disto a mulher chamou Gérard e pediu para levá-las de volta. Seu semblante estava mais sério que de costume.

MDT - Residência.

[Setsuna e mais uma negada]

As servas voltaram-se todas para as sombras e responderam mentalmente sua mestra.

- Como desejar Kisaragi-dono.

[Vênus]

Cheguei no local um pouco rápido demais, olhei no celular e então apenas concordei por mensagem e acelerei novamente para voltar a casa.

mdt: ?

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