Floresta

[Ryou Hayashi]

Relembrando a primeira mensagem :

Essa floresta fica depois da área comercial, e após passar por essa que se sai completamente de Camlann River. Se trata de uma área relativamente bem conservada, e demonstra o terreno acidentado que não é presente no restante da cidade. Existe um caminho de terra que leva até a estação de Tratamento de Água, todavia é proibida a entrada de desconhecidos.

Não existe muito o que saber sobre a floresta; mesmo os habitantes apreciam caminhar pela floresta por seu ar calmo, todavia existem certos boatos de fantasmas que perambulam no local durante a noite e a madrugada, por isso geralmente as pessoas evitam o local nesse horário.


-> Principal
-> Estação de Tratamento de Água

[Setsuna e mais uma negada]

Setsuna observava o homem temerosa, Amatsu já havia puxado sua arma e se preparava para disparar no homem a qualquer momento, as únicas coisas que a impediram de avançar eram as claras ordens de não apenas Setsuna mas também de sua grandiosa Shogun.

Setsuna disse mentalmente então para sua mestra

"Mestra, não sabemos exatamente o que está ocorrendo nessa invocação, sugiro que fique pronta para um possível confronto, mas não atacarmos até que ordene ou seja atacada"

Setsuna ordenava com um gesto que sua irmã guardasse a arma

[Ryou Hayashi]

Ryou permaneceu calmo como sempre, colocando as mãos dentro dos bolsos de volta. A energia continuava ali, e agora Balthazar também podia senti-la. Olhou as outras duas que se encontravam exaltadas e apenas soergueu uma das sobrancelhas, sorrindo de canto.

- Oh, ele está entre nós sim. Todavia... O limite de mestres legiveis eram nove. Como todos os nove foram preenchidos, extras se tornam... Irregularidades. Eles não podem se manifestar, e por isso eles possuem o corpo do mestre.

O rapaz tornou a olhar para o detetive, agora seu cabelo ruivo já pingava devido a chuva.

- Felicite-se, jovem. Você é um demi-servant.

[Victorique Kisaragi]

"Acalme-se Setsuna, estamos prontas para o pior...eu espero. Se ele tivesse intenção de nos machucar, já teria feito desde que chegamos. Você pode sentir também...não pode? a imensidão de seu poder?"

Indignada, tomou alguns passos a frente na direção do ruivo. Encarou Balthazar por segundos, e voltou a olhar para Ryou. Em seu rosto podiam notar o quanto as dúvidas dominavam sua mente naquele instante.

- Demi...servant? Um servo que divide o corpo com o mestre? 

Seu rosto pareceu muito mais surpreso, não conhecia a fundo o termo, e nem sabia sobre esse tipo de invocação antes. Sequer sabia que eram 9 mestres, pensando melhor, raciocinou agora que nesta Guerra havia uma quantidade maior do que o usual do que nas guerras anteriores, isso deu um nó em sua mente. Tanta informação não a deixava mais se incomodar com a chuva ou o cansaço.

- Ninguém ouviu falar da Guerra por séculos, e agora simplesmente participamos dela. A quantidade de mestres está maior do que eu ouvi nas lendas contadas por minha família, não eram 7 mestres? E esse termo, esse.. - ela fazia gestos com as mãos, tentava se expressar - demi-servant, desde quando esse tipo de invocação é possível? O corpo de um magi não foi preparado para aguentar o que o corpo de um espírito heróico oferece. Eu...não entendo.

Por fim abaixou as mãos, frustrada. Não percebeu que o dia passava tão rápido, já anoitecendo. Alexsander iria dar-lhe uma boa bronca. Ergueu a face e tentou uma última vez.

- Ryou-san, uma última eu gostaria de tentar perguntar, quem é você? qual seu papel de fato nessa Guerra? um mediador?

[Balthazar]

— Um... Demi-servant? — Balthazar olhou para as próprias mãos, ainda caído, sentado. O mundo parecia diferente. Ele rangeu os dentes e fez um pequeno grunhido, pois seu corpo queimava e parecia formigar por completo, como se estivesse tomando um choque constante e fraco. 

— Eu... Vou demorar a me acostumar com isso. — respirou fundo e passou alguns segundos em silêncio, se concentrando. Aquela sensação continuava e não parava nunca. Seus circuitos estavam ativos, passando mana pelo corpo todo. Como isso acontecia, afinal?

— Consigo ouvir a voz dele, mas ela não me alcança. Bom, é um começo. Eu sei coisas, agora. Sei coisas que não sabia antes. Parece que realmente eu me tornei um servo, e isso... — parou por um instante, como se as palavras entupissem sua garganta. Fez um barulho com a boca, com se soluçasse. 

Sorriu, e lágrimas correram por seu rosto aos montes. Ele não teve problema em se desatar a chorar ali na frente, com um sorriso, mas não deixando de ser uma cena melancólica. Ele soluçava e ficava com o rosto vermelho conforme continuava a chorar.

— Agora eu estou pronto, Eleanor. — ele disse para o ar, olhando para o nada. — Eu nunca tive poder pra te proteger, mas agora eu tenho. Eu fui forte até agora. Eu aguentei muita coisa. Eu não chorei por muitas noites, sabendo que você está nas mãos desses maníacos. Agora eu vou poder te salvar, finalmente! — abriu um enorme sorriso e olhou para o céu. — Seja forte, Eleanor, porque nós vamos voltar a tomar café juntos pela manhã! Só me aguarda!

E riu, alto, de forma alegre, mas ainda deixando as lágrimas saírem e se perderem com as gotas da chuva. 

[Setsuna e mais uma negada]

A serva observou a reação do homem à sua frente então pode-se ouvir uma voz sinistra, quase fantasmagórica mas sem nenhuma hostilidade pelo local

- Sequestraram alguém que lhe era importante? Eu entendo como tú se sentes pois passei pelo mesmo quando em vida....mas escute este conselho mago......todo cuidado com seu novo poder é pouco, não tome atitudes suicidas....

Então Setsuna disse mentalmente a sua mestra "se quiser podemos ajuda-lo, ele me parece uma escolha de aliado melhor que o Shogun da Saber"

[Ryou Hayashi]

Ryou manteve-se sorrindo amigavelmente, escutava as palavras da Victorique apesar de não desviar o olhar de Balthazar, que agora chorava de felicidade. Suspirou, indo até o homem e o abraçou de lado com a mão esquerda, sorridente.

- Tenha esperança, jovem! E forças! Sei que vai conseguir alcançar essa dama. - Ele voltou o olhar para Victorique, sem soltar o homem. - O número de participantes não é fixo, senhorita Kisaragi. Ele é definido pela quantia de sacrifícios que são realizados no momento do ritual, assim como a quantia de selecionados é definido pelo número de pessoas que participaram do ritual de invocação.

O homem sorria calmamente.

- Espíritos heroicos não deixam de ser espíritos em si, então não tem nada estranho um poder habitar o corpo de outrem. E quanto a quem eu sou... - Ele coçou o queixo, suspirando. - Bem... Não gosto de ficar falando de mim, para ser sincero, mas por agora vocês devem aceitar que sou seu amigo.

[Victorique Kisaragi]

Deu de ombros e suspirou. Velha mania, consertou o óculos na face, tentando limpar as gotículas que o atingiram. Desvencilhou a outra mão por completo da Katana, e encheu o peito de ar, parecia que ia proferir um discurso.

- Pois bem, essa é nossa situação atual, vou me dar por satisfeita por enquanto Ryou-san, mas sabe bem que preciso - e irei - encontrar mais respostas. Quanto a você Balthazar, não parece ser uma pessoa ruim, e assim como minha serva me disse, parece ser uma boa opção de aliado. Saiba que não irei atacá-lo até que sobremos na Guerra, e se precisar de ajuda para encontrar sua irmã, eu me ofereço para ir junto. Contudo, em troca gostaria que me ajudasse a reunir mais informações, sobre os mestres e as organizações. 

Ela inspirou, e suspirou, tomando mais fôlego. 

- Eu preciso descansar, estou fora de casa há bastante tempo, mais de 24 horas, não sei como estou de pé. Se algo acontecesse agora não sei como poderia me sair. Vamos voltar, e te deixo no Hotel. Você também vem Ryou-san?

[Ryou Hayashi]

- Nope!

Ele se desvencilhou do homem, colocando as mãos nos bolsos enquanto dava de ombros.

- Eu moro aqui perto.

[Victorique Kisaragi]

Não podia negar o quanto ficou curiosa com aquele comentário,  mas suprimiu. Assentiu em afirmação com a cabeça e se despediu.

- Obrigada Ryou-san. Nos falamos em breve. 

Dito isto a morena entrou no carro e pediu a Gérard para leva-los ao Hotel. Mentalmente pedia as servas para a seguirem, em ocultamento.

MDT - Hotel

[Balthazar]

Alguns segundos mais refletindo, se levantou e novamente retomou a compostura. Aceitou a saída, despediu-se de Ryou e entrou no quarto.

MDT - Hotel Barato

[Setsuna e mais uma negada]

Setsuna então passou a se afastar, comandou com gestos que Amatsu fosse atrás de Ryou-san, conforme seguia a sua mestra, Amatsu então ficava de olho em Ryou

Setsuna MDT-> Hotel

[Hector C. Lucius]

*Shibaki chegava ao local pilotando sua moto mantendo certo silencio que poderia soar perturbador. Ao chegar na floresta, como sempre ele estacionava em um local seguro se ajeitando para então retirar seu capacete em forma de gato para então olhar para aquele cenário, realmente a perturbação em seu interior não deixava seus circuitos mágicos aquietarem por mais que o abraço de Lucca o trouxesse conforto*

-Chegamos, é daqui onde vem o boato dos fantasmas e onde fica a estação de tratamento de agua, um lugar bem peculiar... De qualquer forma, Lucca, por que você repentinamente quis sair comigo? Ainda mais para um lugar desses, se fosse um piqui-nique para passar o tempo eu até entenderia, mas você não trouxe nenhuma cesta. 

[Lucca Archibald]

Ao chegarem no local, aliviou o abraço e desceu da moto, um tanto atrapalhada - quase caiu por que não conseguiu tirar a perna direito da motocicleta -, tirou o capacete, rindo sem jeito e deixou-o em cima da moto, olhando para Shibaki em seguida.

Rapidamente sua expressão contente morreu um pouco ao notar a perturbação no semblante do rapaz.

- Shibaki... - Suspirou e olhou para baixo, juntando as mãos na altura do peito. - Na realidade eu... Só queria poder ficar sozinha com você. Eu gosto daqui também. Eu, quer dizer, tenho um gosto talvez peculiar. Gosto de lugares assombrosos ou abandonados, como por exemplo cemitérios ou casas abandonadas.

Riu um tanto sem jeito, até voltar a olhar para ele. Não sabia bem o que dizer agora, apenas estava preocupada, e isso transparecia em seu olhar.

- Eu... Eu apenas... Fiquei preocupada com você. - Acabou abaixando o olhar para suas mãos, parecendo lacrimejar de leve. -... Eu fiquei sabendo de algo ruim de você e... Eu não quis acreditar que era verdade. Shariz ficou irritado com aquilo, e eu... Não queria que nada de ruim acontecesse. Eu não vou conseguir proteger todo mundo como eu quero, infelizmente sou limitada a isso, por isso eu... Eu queria pelo menos proteger você.

Suspirou pesarosamente, erguendo o olhar para o rapaz de volta.

- Desculpe ser... - Abaixou o olhar, tristemente. -... Tão... Desse jeito... Eu... Vou entender se quiser me odiar, mas, eu... Queria que soubesse que, não importa o que aconteça, eu vou continuar me esforçando para proteger você também!

Um pouco da confiança voltou nessa última frase, assim como olhou diretamente nos olhos do rapaz, suavemente corada, mas determinada.

[Hector C. Lucius]

*Shibaki ouvia o que ela tinha a dizer estranhando um tanto, afinal, primeiro ela "stalkeia" sua casa, depois o diz coisas como aquelas de gostos peculiares sobre cemitérios e casas abandonadas, bem, ela não parecia ser gotica então talvez os motivos fossem outros. A via então começar a reagir daquela forma o dizendo ainda mais coisas que o faziam tomar um misto de preocupação, hesitação e desconfiança, do que ela estava falando?*

-Está dizendo que essa coisa ruim que soube de mim levou Shariz a ir ao meu encontro? Eles vão mesmo invadir minha casa e pelo o que está falando eles não vão se importar de fazer mal a minha familia, me trouxe aqui para eu ser o unico a sobreviver, é isso?

*Como havia a ajudado a sair daquela moto, ele agora também estava um tanto distante da moto que agora estava desligada -Havia feito enquanto ela falava embora estivesse com vontade de ligar de novo e voltar-. Começou a sentir remorso por ter ignorado a mensagem de seu pai, suspirando pesadamente e colocando a mão no rosto, tinha que realmente voltar para ajuda-los, mas assim que percebeu o olhar no seu, acabou não evitando em encarar os olhos de Lucca por mais abalado que estivesse naquele momento*

-Você aprendeu mesmo não é? Essa coisa do olhar...

[Conteúdo patrocinado]