Igreja

[Ryou Hayashi]

Relembrando a primeira mensagem :

A igreja é um local bem humilde se for olhar toda a cidade. Os que ainda a frequentam dizem que os demônios dos pecados estão correndo soltos e as pessoas estão esquecendo dos seus deveres divinos, mas certamente os empreendedores não se incomodam nenhum pouco quanto ao que esses velhos dizem.
Possui acesso ao Pine Grove, e anexado à igreja tem uma pequena capela para velar os mortos.

-> Cemitério Pine Grove
-> Principal

[Houko Choi]

*Houko permanecia encarando Gael aliviado de ter conseguido fazer algo a tempo dessa vez e neste momento a até então Shielder vinha em seu auxilio buscando ajuda-lo com a perca daquela membro*
 
-Shielder... –Acabou abrindo um pouco mais o sorriso, aquela loira realmente tinha alguns parafusos a menos já que insistia em ajuda-lo mesmo frente a um perigo maior, aquilo acabava demonstrando que de fato ela não era apenas uma interesseira e sim uma aliada de fato e isso o confortava.
 
-Não se preocupe, eu estou bem, e sim, eu imaginei algo assim... –Sentiu então certos incômodos em seu corpo que não pertenciam a si e sim daqueles que compartilhavam de seu estado atual e por isso acabou sentindo que sim, se não se apressa-se algo ruim a mais iria acontecer devido conclusões enevoadas pela ira e naquele momento a besta enorme junto a seu bando de mortos-vivos se retiravam da igreja rumo a outro destino.
 
-A pedra... –Mal teve tempo de juntar as peças daquele momento e logo ele era devidamente esclarecido por Bleidd em pessoa, sim, ele agora entendia o por que eles queriam a pedra, qual era seu objetivo com o cálice e isso era engraçado, comico, irônico! Não pode evitar de fechar o sorriso buscando conter o riso sutil.
 
-Você se tornar um deus? –Afastou-se daquela que uma vez fora um Rei e depois uma serva e ficou entre ela e aquele líder que se fazia ali presente tratando de abrir o sorriso.
 
-Era esse o seu plano? Se tornar um deus?... –Alguns raios começavam a surgir ao redor do corpo do moreno e estes exalavam o brilho azul celeste que seguia de forma aleatória emitindo seu ruído simplório.
 
-Deuses.Não.Existem. –Uma luz intensa embora ainda pequena surgia no palmo daquele homem que acabou mudando também o tom daqueles raios que agora se tornavam dourados e em maior quantidade a cada pausa naquela fala que ao ser encerrada causou certa perturbação que acabou ocasionando um sutil estourar que danificou o chão.
 
-E sim homens Bleidd, homens como nós, na verdade, mulheres também. –Acabou voltando o olhar para trás retomando sua visão para a loira que estava consigo e logo voltou a frente encarando seu líder.

-Homens e mulheres que lutaram e marcaram a historia de alguma forma, homens que fizeram a humanidade dar mais passos em direção ao fim desse eterno retorno, homens Bleidd, não deuses. –A luz no palmo que ainda estava ali começava a ganhar maiores proporções e agora aquele líder podia sentir algo de similar nela, algo que lhe era estranhamente familiar.
 
-Nós estamos aqui, eu e você, homens, mortais, por mais que nossa história siga desde a séculos atrás, nós ainda somos apenas homens Bleidd, e sabe por que? Por que deuses não existem, tudo faz parte do nosso esforço e nosso destino é uma mera consequência de tudo isso, todavia, quando você interfere no destino de terceiros, dependendo da forma alguém vai revidar e esse alguém vai fazer o ciclo retomar, ou você realmente acredita que mesmo no pico do absoluto ninguém vai buscar destrona-lo? Guerras, mortes, revoluções, o ciclo só vai acabar quando não houver mais ganancia e infelizmente todo o homem possui um ideal que vai por consequência subjugar os de outrora, assim como o seu, assim como o meu. –O brilho então finalmente atingia seu ápice e estourava gerando uma dispersão imensa de energia dourada que não feria, porém se espalhava por todo o local formando uma orbe que se comprimia em uma torre em espiral que ia se consumindo aos poucos até se tornar apenas uma cortina de fumaça de queima. Pouco a pouco a cortina ia se dissipando e com ela era exposto a mão com a manopla que segurava uma lança especial, sim, a própria Longinus, ou pelo menos, uma replica devidamente perfeita dela –ou quase isso.
 

-Você me nomeou o guardião do Destino e de sua Arma e como tal eu irei honrar esse papel, porém, eu jamais irei me curvar a falsos deuses e ídolos e sim apenas para o homem que me fez ver toda a historia da humanidade, todas suas obras e suas consequências, eu vi o primeiro homem nascer, eu vi o primeiro irmão morrer e eu vi a torre que um dia rasgou os céus cair e se tornar apenas detritos, vi homens se unindo para um bem maior ao qual acreditavam ser o certo, eu jurei minha fidelidade e decidi seguir os ideais de um homem, de um mortal, não de um Deus, todavia, se você ainda possuir esse ideal tolo, Bleidd, reze para que essa arma realmente não seja algo que ceife a vida destes que os tolos tanto idolatram, afinal, nada melhor que uma falsificação para lidar com aquilo que é falso, e sim, minha Longinus é apenas uma copia, todavia, mesmo com apenas uma replica, mesmo com apenas um braço, eu irei fazer o que você em anos nunca fez com a sua original, então, o que será? Vai reconsiderar? Temos um melhor caminho a tomar por mais que eu ainda não saiba qual, ainda e se pensar bem, ironicamente, mesmo nossas armas agora foram forjadas e utilizadas por homens. –A lança fazia emitir ainda alguns rastros elétricos em dourado que escapavam de si eventualmente demostrando que de fato era uma “replica legitima” por mais que seu rank fosse inferior a original, todavia, era algo muito próximo da perfeição. 

[Leonor]

Shielder apenas observava, naquele momento, o desenrolar daquela situaçãao, vindo a se levantar quando Houko também o fez e encarava em silêncio toda aquela situação...

Ser um Deus...

-... Eu encarei bastante imbecil que era egocêntrico o suficiente para achar que era superior aos deuses... Mas, a verdade é que nem mesmo os deuses são superiores a humanidade. - As palvras dela eram determinadas. - Nós somos a força que obrigou que a torre de Babel fosse derrubada quando desobedecemos as ordens Deles, e mesmo assim fomos bem sucedidos em continuar existindo. Quer ser um Deus? Muito obrigada, mas, melhor tentar vender esse discurso para outro idiota.

[Bleidd Sizigium]

— Justamente, Houko. — Ele disse, em alto tom de voz, girando em direção ao homem e encarando-o. — Deuses não existem, mas a humanidade não para de buscar por isso - não para de suplicar por um ser maior e que seja capaz de subjugá-la a qualquer momento; pois sabe do peso que há em suas costas, e que merece sofrimento para expurgá-lo. — Sua expressão outrora escarnecedora tornou-se extremamente séria, de forma tal como Houko nunca antes vira.

— Lembre-se: eu não faço isso simplesmente porque quero, ou porque sou como muitos destas crianças estúpidas que participaram da guerra e não desejam nada além de simples e puro poder porque não encontram segurança suficiente em si próprias. Tampouco sou similar a estas falsas lendas. — vociferou em pura rispidez. — Pouco me interessa aquilo que é reinar, estou aqui com o simples intuito de trazer a este mundo a luz como nunca antes a organização sobre as quais tenho as rédeas foi capaz. Tornar-me um Deus não significa nada além de assumir a a maldita figura, a maldita manta... que a humanidade cultivou por incontáveis anos. — Dito isto, ele deu de ombros para Houko, e começou a caminhar na direção contrária, caminhando para fora da igreja e perdendo-se em meio aos incontáveis soldados que começaram a preencher o lugar. 

"Se você preza o juramento que fez, então sabe para onde retornar."

[Lucca Archibald]

Lucca arregalou os olhos em horror em ver o albino correr para decepar as cabeças dos inimigos, foi uma sensação que mesmo enquanto possuída o Tronos deu-lhe espaço para ser ela mesma. Boquiaberta, voltou o olhar para Bleidd quando as chamas consumiram o corpo do outro, fazendo aquele cheiro de carne queimada junto com cabelo revirar seu estomago, em vão cobrindo a boca e o nariz para deter seu enjoo.

- Não...

Engoliu em seco para controlar o enjoo e desviou o olhar. Tremia suavemente, se abraçando com a outra mão. De uma maneira, depois do Kuro, estava acostumada a ficar ouvindo devaneios de poder daquela forma, entretanto, quando notou que Houko se encontrou com tanta vontade de lutar, houve um terror momentaneo em seu rosto, pulando na frente deles.

Apesar de determinada em criar um plano de fuga onde poderia acabar se sacrificando acabou sendo surpreendida  ao ver Bleidd virando de costs e recuando... Não, ele estava indo embora. Alivio sua postura e soltou um suspiro aliviado, com as mãos próximas do peito. Não era o fim, sabia disso.

- Houko, tente desligar a magia, precisamos sair daqui e ir a um hospital. - Caminhou até onde estava a mão dele pegando-o do chão, sentiu-se enjoada por alguns instantes de segura-la daquela forma. - Vamos.

[Houko Choi]

*O moreno ouvia o loiro e assim como ele permanecia naquela seriedade, era como se realmente estivesse confiante de enfrenta-lo em quaisquer condição que fosse, mas bem, como sempre, aquele que porta a lança é realmente o mais sensato de todos os lideres*

-BLEIDD! -Disse e apontou sua lança para ele, item cuja projeção mesmo imperfeita a tornava duravel, não era algo feito de forma simples, não era apenas uma copia, era A copia e por consequencia seu poder não sumia, tão pouco diminuia.

-Quando tornar o conceito de um Deus algo real, quando seu poder se estender as estrelas e você conseguir impedir que a serpente morda sua própria cauda, quando esse dia chegar, eu estarei lá, não como seu rival, não como aquele que vai se opor, eu estarei lá como um de seus cavaleiros, não, como seu Paladino, Bleidd, enquanto seu desejo for mudar o mundo carregando tão pesada cruz, eu estarei ao seu lado e enquanto você a carrega, minha lança ceifará os patifes, pois meu juramente é honrar teu nome, o nome de um homem, e é para você a quem devo retornar, pois sim, o que eu disse quando deixei de ser um algoz eu repito agora. -Abaixou a arma e com ela finalmente rompeu aquele circulo mágico, ou melhor, o chão em que nele residia e agora este finalmente se desfazia mesmo que da forma errada e forçada.

-Enquanto você almejar reproduzir um mundo onde eu possa viver bem com minha familia, meus poderes são seus assim como minha lealdade e de mais ninguém e acho que já provei isso muito bem dentro desses 800 anos, então permita-me meu Rei, permita-me recuperar teu calice enquanto você se descansa e se prepara para o Juizo Final. -Agora estava mais determinado em cumprir o objetivo "secreto" de sua organização e por isso seu olhar até mesmo mudou. Olhou para Lucca e a via segurar sua mão... Literalmente, e acabou anexando Longinus no suporte de sua armadura que mais parecia uma regata e pegou seu membro de volta e o encaixou no lugar permitindo com que a runa de cura começasse a fazer seu efeito.

-Eu não preciso disso, não se preocupe, e bem, ahn... -Voltou o olhar para Shielder com certa diferença, parecia estar ligeiramente mais abobado do que de costume.

-Rugal-gin? -Aqueles nomes e titulos dela eram realmente dificeis de entrar na mente logo de cara, então acabou errando ele de fato.

[Leonor]

Estava orgulhosa de estar daquele lado do combate... Bem, isso até a situação se desregular com o que Houko disse. Seu olhar contente rapidamente se tornou furioso e encarou Houko.

-... Eu não acredito no que eu ouvi... Você é retardado?! Você vai simplesmente se curvar para o primeiro megalomaniaco que aparece na sua frente?!

Sem medir forças, agarrou Houko pelo colarinho e o ergueu suavemente, puxando-o para perto, o suficiente para os narizes quase se tocarem.

- A humanidade é para ser guiada, eu concordo, mas não é sobre um deus que acabe com o ciclo. O Ciclo é necessário! Se acabar com o ciclo, você acaba com a humanidade em si, nós somos esse equilibrio de destruição e ordem, pois é assim que a humanidade sempre foi! Por mais que eu respeite meus deuses, e até mesmo minha filha tenha sigo uma grã-sacerdotisa... Aquele sociopata vai simplesmente destruir todos aqueles que se oporem a ele, e a humanidade sequer vai conhecer o conceito de dor para poder valorizar a felicidade! - Soltou Houko, um olhar de nojo agora recheava-a conforma afastava alguns passos e acenava negativamente com a cabeça. - Você é um idiota que acha que luta pelo o que é certo, mas sequer faz ideia das consequências das suas ações.

Com acenou desacreditado, a loira se afastou alguns passos, seguindo para a saída.

[Lucca Archibald]

Ao escutar as palavras que vieram do Houko em resposta do Bleidd, a expressão da Lucca foi tomada por uma dor que não era possível de definir, seus ombros ficando tensos e acabou descendo a mão livre para sua barriga, apertando ali suavemente. Alguns instantes de terror refletiu em sua mente, compreendia a fúria da Shielder, mas, isso não era o que a assombrava.

Temia pela sua vida, assim como temia pelo do seu bebê. Sabia perfeitamente que Houko tomou aquela decisão sem saber o que realmente era o coração do Bleidd, algo que ela sabia... Mas, ao mesmo tempo, se ele não tomasse uma atitude, talvez o próprio Bleidd fosse tentar aniquila-lo. Cabisbaixa novamente, Lucca olhou para baixo conforme ficava se abraçando. A veste divina desaparecia do seu corpo, se encolhendo por conta do frio de ter suas pernas a mostra e ainda usando a camisa que Shariz lhe deu, recuou alguns passos para trás do Houko.

Ergueu o olhar brevemente, escaneando os arredores e percebendo que Emmerich ainda se encontrava vivo, decidiu se manter em silêncio acerca disso, parte do seu cabelo cobrindo o rosto enquanto espiou Houko pelo canto do olho. Precisava falar com ele, mas, certamente, agora não era uma boa hora...

[Houko Choi]

*Mantendo-se avoado daquela situação ele apenas esperava a resposta dela, e bem, não havia sido lá a mais sutil. Ao ser pego daquela forma ele a encarava mantendo o sorriso fino, e não, não era algo ironico, acabou até mesmo fechando os olhos*

-Você realmente parecida com ela, não, um oposto, agressiva e cega. -Antes que ela pudesse ir acabou a pegando pelo braço a segurando e puxando para si, sua mão estava firme então pode solta-la enquanto sua runa mantinha-se ativa e assim segura-la.

-Ele não fará isso pois ele será alguém que zela pela humanidade e não aquele que de fato a domina, aquele que vai escutar as preces e realizar dos sonhos ao qual são cabiveis, ele vai tornar o mundo melhor Rugal e se ele não o fizer, eu tenho o poder para ceifar isso dele, a lança e a pedra pois eu sou o Guardião do destino, então se não confia nas intenções dele, confie nas minhas, eu não vou permitir que ele crie um mundo cheio de dor e dominio, nos da Gwyn não somos monstros, tudo o que fazemos tem um proposito maior, vamos, nesse pouco tempo que temos eu já fiz algo para que você não acreditasse? Eu irei ajuda-la sim e vou guia-la, mas para isso eu preciso que faça o mesmo comigo, que me ajude, seu ponto de vista é importante para manter o meu em dia, não se pode apenas ver um lado da moeda, então vamos... -Afrouxou o aperto da mão e se aproximou dela, não chegava a encostar, mas pousou a mão em sua bochecha.

-Pense melhor, apenas me dar as costas vai obscurecer seu caminho, não prefere segui-lo junto a mim e expor sua vontade? Você agora é apenas uma mulher sem poder que precisa te-lo de volta, mas os recursos de antes são diferentes do seu tempo, você é um genio que aprende rapido, então deixe-me ser seu mentor e faça o mesmo por mim, seus feitos moldaram uma era e irão moldar mais uma, mas isso vai apenas ocorrer caso você queira dar o primeiro passo para frente e confie em mim quando eu digo que irritada e indo por aquele lado você está indo para trás, deixe-me ser seu guia, guie-me em troca pelo preço equivalente, deixe minha ciencia ser a sua e permita-me ter o seu saber para coordenar os passos de Bleidd, afinal, eu sou o responsavel pelo catalisador que pode estourar outra guerra, está na minha... Nas nossas mãos, quem será o proximo a mudar o mundo e por que esse principio não pode partir de nos? Eu tenho uma empresa, os recursos, você tem o dom, vamos combina-los e caso tudo vá ladeira abaixo, saiba que assim como Babel caiu, Bleidd vai cair também e sob minhas mãos, pois como eu disse, eu sirvo um homem e não a um Deus pois sou Ateu, acredito apenas com base em provas concretas. -Buscava acalma-la por mais que fosse dificil, realmente não precisava dela, pelo contrário talvez, mas simplesmente agiu daquela forma e quando deu por si acabou rindo, por que estava tentando convence-la afinal? Não havia por que, se ela se virasse e saisse, seria ela que estaria perdendo, não? Então por que?

[Leonor]

Ao ser puxada de volta, a fúria da mulher ficou ainda mais intenso, puxando o braço para se ver livre da mão que lhe segurou. Os olhos vermelhos encaravam o outro com fúria sem igual, chegando a afastar o rosto quando ele fez menção a tocá-la.

- E você espera como deter se ele quiser matar sua família inteira? Homens que nem ele eu cansei de matar em minha época, eles não tem limites ou moral do que fazer. Veja na sua frente, Houko! - Ela apontou o braço em direção ao exercito que foi morto por Emmerich. - Ele não buscou honrar as mortes dos seus homens, ele matou aquele garoto por ele ter falhado! Você quer realmente me provar que um homem que trata seu próprio exercito como dispensáveis é capaz de liderar a humanidade?!

Afastou um passo, encarando-o firmemente enquanto o rodeava. Nisso observou a figura pequena que estava encolhida e acuada atrás do mais velho, e aquela visão a fez se acalmar consideravelmente, passando a mão no rosto. Lugal, assim como Houko, foi casada. Teve cinco filhos. Mas, não conseguia se lembrar direito do rosto da sua rainha... Ou era rei? Acabou suspirando, acenando negativamente com a cabeça e voltou a olhar para Houko.

- Não sei a quem está me comparando, mas saiba que, por mais que minha rainha não caminhe ao meu lado, os deuses nos abençoaram e tivemos uma família juntos e eu lhe fui fiel durante toda a vida. Eu não planejo fazer diferente agora. Quando fui abandonada no rio pela minha mãe, Ishtar me guiou para ser resgatada e criada com humildade e dignidade. E, mais uma vez, confio minha vida nas mãos dos deuses. Meu desejo é retomar minha terra natal e fazê-lo conhecer paz uma vez mais... Eu irei confiar na minha deusa para ver isso acontecer. Agora, me deixe ir.

[Lucca Archibald]

Em observar Houko puxar e insistir para que Shielder ficasse e o acompanhasse lhe dava um pouco de desonforto. Passando a mão na nuca e olhando para o lado, tentando - meio inutilmente - ignorar aquilo. Aquilo fazia reerguer preocupações que lhe perturbaram durante algum tempo que estava ali, pelo menos agora que as coisas se acalmaram podia levar isso em conta mais com calma.

Sabendo que sua presença ao lado do Houko teria o mesmo impacto que uma nobre que teve casamento arranjado, Lucca caminhou para perto do Gael e lhe sorriu gentilmente.

- Ei... Como você está?

Bem, com certeza estaria uma bosta considerando tudo. Deu um sorriso meio torto. Era estranho... Interagir assim com quem quase a violentou. Olhou por cima do ombro para Houko, soltando um suspiro.

- Acho que eles devem demorar um pouco ainda ali... Tem um telefone? Precisamos pedir carona...

[Houko Choi]

*Ele sabia o quão algo ou alguém poderia tornar um individuo vulneravel e passivel a erros e chantagens, então sim, ele sabia que talvez Bleidd pudesse sofrer em nunca sequer estreitar o olhar perante a morte de seus homens, de seu próprio irmão, tal como foi Arthur que teve que conter sua emoção mesmo ao tomar a vida de seu próprio filho*

-Liderar um povo é um fardo pesado demais para qualquer um carregar, a quem diga toda a humanidade, não se pode haver brechas para fraquezas, se ele amar alguém, respeitar, honrar... Esse mesmo alguém será usado contra ele eventualmente e eu entendo bem o como é se privar de apreciar alguém apenas para não ter nenhuma brecha, para continuar seguindo. -Lembrou-se das epocas antes de Dante, epocas onde era um algoz leal que seguia fazendo o necessário em busca de sua recompensa, algo que almejava cada vez mais o saber pos vida.

-É um caminho solitário e sofrido ao qual ele compreende bem devido ter sido criado na doutrina da dor, doutrina que busca não apenas torturar, maltratar, é algo que busca fazer você sentir e compreender a dor para então suporta-la pela causa, é o que Bleidd está fazendo e é o que eu me recuso a fazer pois amo minha familia, e bem, caso ele desonre a isso, estará indo contra minha jura e então essa lança irá toma-lo a vida, simples assim. -Apontou o polegar para trás apontando para a arma que tinha em anexo em suas costas.

-Ishtar não estava aqui para ajuda-la a ter o Calice assim como ela não vai estar em sua terra natal disposta a ajuda-la, quem estará sou eu, quem sabe Albert, e nós dois somos homens, mortais, a Era dos Deuses terminou, isso se sequer começou, tudo o que você ganhou em vida foi por seus meritos e o de seus seguidores, nenhuma divindade a cedeu, para de ser cega e tente ver que seguindo por ali, indo até onde você acha que talvez possa chegar, você vai falhar por que sua extensão de antes não está adequada a necessidade de agora, os homens estão cegos, pressos a seus ideais e suas próprias motivações e você precisa mostrar que eles precisam ir além, mas sozinha, simplesmente indo assim é suicidio, sua vida já passou, ela já foi tomada de você, você agora vive uma vida nova e sua mulher e filhos estão no passado assim como seu Imperio e uma coisa que eu aprendi nessa guerra é que o passado não volta, temos que aceita-lo e viver nosso presente ao qual não tem esse nome atoa, mas faça como quiser, siga fiel a um casamento cujo voto é "Até que a morte os separe" e eu não irei impedi-la de nada pois não sou seu Rei, tão pouco seu deus ou mestre, não tenho poder para ordena-la ou impedi-la de nada, nem mesmo moral, mas minha visão eu já te passei, ao menos parte dela e se isso não basta, não posso me permitir a continuar dando socos falhos em um muro de concreto. -Seguiu caminhando dali, pelas mensagens que recebia em sua mente ele percebia que não podia mais se dar ao luxo de perder tempo ali, realmente ele e Lugal viviam realidades diferentes e pensavam de formas muito diferentes.

-Lucca, eu preciso da pedra de volta, eu gostaria de testar algo com ela, e não, não se preocupe, não vou fazer o ritual nem nada, apenas verificar algo que seria o nosso desejo, meu e seu, por mais que dessa vez seja algo resumido. -Sua mão estava agora totalmente de volta ao lugar e ele tratou de abrir e fechar a mesma buscando testar sua força novamente, bem, havia a recuperado totalmente.

[Leonor]

- Talvez no futuro possamos nos encontrar de volta, mas agora...

Com essas palavras, Lugal virou de costas e saiu andando dali, furiosa.

[Gael Estus]

     Se avançasse poderia ser pior, e se o pior fosse uma outra morte, talvez, não haveria uma outra ressurreição, então se continha enquanto seu corpo tremia, estava indeciso, se ia, se ficava, se aceitava a morte, se aproveitava a sua oportunidade na vida; era cedo de mais para pensar no que aconteceu, mas pensar no que aconteceria dali em diante era o mais corrento por agora.
     Enquanto todos falavam, pensava em possibilidades de fazer algo, justamente pelo momento, e por mais que tentasse tomar iniciativas, não saia do lugar, enquanto Bleidd continuar ali, sem manteria firme para não fazer coisas indevidas, e depois dessa apresentação dele, estava disposto a não falhar...


     Tudo ocorreu, e estava aparentemente livre, pelo menos por agora... Tudo se perdia e não se importava, estava vido, porém, os dois ali ao seu lado começaram a uma discussão, enquanto as coisas aconteciam, sentou-se no solo em posição de meia lótus, sua cabeça estava abaixada, os cabelos cobriam os olhos, e os cotovelos apoiavam sobre os joelhos, estando pensativo deixou que os barulhos da falas deles ecoassem, parecia não se importar com aquilo, mas, ouvia o que era dito, por isso chegou a dizer com a aproximação de Lucca.

- Por mais que seja controverso o que Houko diz, faz mais sentido do que aparenta... Bleidd não parece fazer tudo aquilo que expressa, e com uma posição clara de julgamento existe pontos a serem explorados, como o rapaz ali mesmo disse...

     Comentou para Lucca, deixando que todos ouvissem, ainda via tudo aquilo como uma completa besteira que nem deveria fazer algum sentido, ainda havia alguma certa inumanidade em Bleidd para ele entender o Gael sabia, e por isso queria se divertir, porém, ainda tinha falhas a serem completadas...
     Se levantou sem a ajuda de ninguém, voltou a sua expressão seria, que pairou sobre Lucca...

- Estou pensativo, ainda é difícil definir com certa certeza meu estado pós-ressurreição...

     Antes que pudesse dizer qualquer coisa, via Houko sair, bem, depois disso tudo, o que aconteceu não poderia ser deixado em branco.

- Garota... - Falou baixo só para Lucca ouvir, e prosseguia - Me ajude a evitar que Lugal bata diferente com Houko, tive uma ideia...

     Claro que dependeria dela para contar a ex-serva, pois agora era mais do que algo simples, era os momentos que faziam as coisas.


- Então é isso Houko... ? - Falou em voz alta para chamar a atenção dele. - Depois de destruir uma torre ambulante, prender uma pessoa, apalpar o seus seios e dizer o quanto é parecida com uma pessoa importante para você, dará as costas para ela? - Nesse instante era para Lucca agir, para não haver interrupções, e por isso olhou para ela, acenava com a cabeça positivamente, era o sinal para entreter a ex-serva, ou fazê-la apenas ouvir. - Você me chama de Deus e agora me esquece? Você mesmo disse que Deuses não existem... Porém agora sou um humano, e ainda sim, vai dar as costas pra mim? Bleidd tem tanta importancia para você quanto para mim, então, quando humanos não entendem seu ponto, você da as costas a ele? Me explica este negócio direito...

     Cruzou os braços; claro que ainda haviam coisas a serem esclarecidas, e o único ponto que lhe ajudaria entender estava sendo segurada por Houko, claro que ainda conseguia achar que tudo isso é uma completa besteira, porém, não deixaria questões em branco assim, e por isso seu olhar sério se fixou no Choi na esperança dele retribuir o mesmo olhar, e nas medidas de seu conhecimento e poder, não aparentava teme-lo.

[Lucca Archibald]

Agora, aquilo era cruel.

Lucca olhou quase chocada para Gael quando sugeriu evitar que Lugal batesse de frente com Houko. A loira acabou se abraçando, olhando para o lado sem conseguir realmente dizer o que pensava, deixando que Gael acabasse por tomar a frente naquilo tudo.

-... Não tenho como chamar a pedra. - Admitiu. - Aquela raposa era Clemence, mesmo que seja uma besta fantasmal agora, ele ainda tem uma mente própria sobre o que fazer.

Depois de toda aquela ação dos dias seguintes, a fome, sede e sono estavam começando a cobrar seu preço. Lucca bocejou, seu corpo se sentia exausto e só percebia isso de fato agora. Olhou para Gael, hesitante, o cabelo que ainda cobria parte do seu rosto foi encaixado atrás da orelha.

-... Na realidade... - Não queria Lugal perto do Houko enquanto não terminasse de determinar algumas coisas acerca da criança que crescia em sua barriga. -... Eu posso ver através da fachada das pessoas... Parece que o Graal me deixou... Marcada com isso. Posso ver o coração das pessoas e suas verdadeiras intenções... Mas, maior parte disso é meio obvia levando em conta o que houve hoje. Bleidd... Não vai medir consequências para conquistar o que ele quer e... Eu tenho medo. Ele não conseguiu a pedra, mas não sei ao certo o que ele queria com ela. Ou mesmo comigo, mas, imagino que isso você saiba.

Olhava para Houko, esperando que ele entendesse o que queria dizer. Não estava ajudando o "casal", mas não se sentia sequer com vontade de fazê-lo... No momento. Estava sendo, de fato, egoista.

-... Houko, precisamos descansar e comer... E eu também... Preciso conversar com você. Em particular.

Olhou brevemente para Gael.

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