Igreja

[Ryou Hayashi]

Relembrando a primeira mensagem :

A igreja é um local bem humilde se for olhar toda a cidade. Os que ainda a frequentam dizem que os demônios dos pecados estão correndo soltos e as pessoas estão esquecendo dos seus deveres divinos, mas certamente os empreendedores não se incomodam nenhum pouco quanto ao que esses velhos dizem.
Possui acesso ao Pine Grove, e anexado à igreja tem uma pequena capela para velar os mortos.

-> Cemitério Pine Grove
-> Principal

[Beatrice B. Lucius]

Depois de alguns minutos, finalmente chegou até a igreja. Percebeu a moto estacionando e soltou um palavrão, vendo que Lupus já estava no local. Ela se apressou para entrar na igreja. ー Buh!

[Vênus]

O local permanecia aparentemente vazio, mas ao ouvir o som do carro estacionando do lado de fora, o corpo do moreno se virou em direção a porta, ambas as mãos estavam escondidas nos bolsos e assim apenas parecia mais relaxado. — Ah, parece que vocês demoraram... Bom, não tem ninguém aqui, acho que terei que esperar, mas estou exausto.

Reclamou baixo enquanto caminhava até um banco para se sentar, ambas as mãos ainda estavam escondidas nos bolsos enquanto seus olhos pesavam para descansar. Se ajeitou no banco enquanto respirava fundo. — Eu tinha te pedido pra vir aqui porque achei que Papisa poderia me esclarecer algumas coisas, mas acho que foi um erro. 

[Beatrice B. Lucius]

Ela observou em silêncio seus movimentos enquanto falava. Então seguiu até o banco em que ele estava sentado, indo para o de trás. Ela inclinou o corpo para encarar seu rosto enquanto falava. - Quer tirar um cochilo? Eu fico aqui esperando... sei lá quem.

[Vênus]

— Eu agradeço... — Após as palavras, bocejou, tentando ficar confortável onde estava, assim então acabava por pegar no sono.

[Pope Paolo V]

O som dos passos ecoavam pela catedral conforme a velha senhora vinha caminhando. Notou que Lupus dormia, enquanto via uma garota que nunca antes havia encontrado.

Sorriu com todo o seu amor e esticou sua mão na direção da jovem ruiva, pegou a dela e beijou abaixando a cabeça.

Boa Tarde minha criança. - Sorria para ela, a abraçando em seguida. O que lhe aflige? Qual dor toma conta do seu espírito? Olhou para lupus e retirando a sua própria manta o cobria.

Agachou, tocando-lhe o braço com certa calma e de maneira sensível. - Lupus? Acorde... - Tentava acordar ele da forma mais gentil possível, sem nem ao menos elevar o timbre da voz.

[Vênus]

Ainda não estava adormecido por completo, ao sentir o braço ser tocado abriu os olhos lentamente encarando a mulher por alguns segundos. — Papisa... Perdoe-me vir até aqui, mas preciso de uma ajuda da igreja. — Se ajeitou no banco enquanto respirava fundo. — Sei que eu como mestre desta guerra, prometi não envolver civis, mas estão me atacando pessoalmente, preciso de uma ajuda da igreja para acabar com isso.

[Pope Paolo V]

Ela olhou para o rapaz curiosa e ao ouvir as suas palavras começou a balançar a cabeça enquanto segurava o queixo com o polegar e a segunda falange do indicador.

- Entendo... entendo...

Sentou-se próxima à ele, olhou para frente em direção a cruz de Jesus Cristo e juntou ambas as mãos quase como se rezasse, abaixou a cabeça e começou a falar.

Nós somos pacifistas, eu sei o que você espera que nós façamos. Mas não atacamos pessoas, nós rezamos por elas. O amor a tudo supera, se está sendo atacado aqui ficará em segurança, porém do lado de fora não posso garantir a sua vida.

[Vênus]

Caminhou até onde ela estava, ficando atrás da mulher olhando-a de cima. — Não quero que ataquem, quero que usem seus executores para acabar com aqueles que estão atacando civis, colocando a vida de outros em perigo e nem mestres são. Houko Choi e Brandon Lucius.

[Pope Paolo V]

Ó! Interessante. - Disse ela voltando a sua atenção para ele. Com certa harmonia capaz de contagiar e apaziguar os corações mais pesados ela retornou . Desculpe-me, Opffater, nós agimos com provas. Qual a sua prova de que eles estão atacando civis? - Indagava ela retirando a sua espada de dentro da mão, Uma lâmina extremamente azul brilhante. - Se realmente for verdade, então devo dizer-lhe. Iremos agir, a lunnazzure irá voltar a experimentar o gosto da vitória... mas só se isso for verdade

As vestes começaram a tornar-se cada vez mais prontas para o combate.

[Vênus]

O moreno de forma rápida sacou o celular e respondeu a mensagem que lhe enviaram, mas assim que terminou ele pegou e procurou um vídeo que sua família lhe mandou para mostrar a Papisa, assim mostrando a imagem das maquinas junto a uma brilho azul que atraiu todos os civis para algum lugar. — Era noite, o bar estava cheio, usaram algum tipo de lavagem cerebral neles, esta vendo? Bom, eu preciso sair, mas volto para dormir um pouco, Papisa, eu conto com você pra fazer justiça a isso.— O moreno caminhou em direção a saída, pegando na mão de Beatrice, fazendo então ela subir na moto e seguir para um lugar. 

mdt; Rio.

[Pope Paolo V]

A velha sacerdotisa reparava no vídeo e entendia o que realmente estava acontecendo. Era certo o que ela deveria fazer.

Deu a licença para que o outro saísse, não se sentia nem um pouco confortável em ser usada daquela forma, todavia, era certo o que deveria fazer para encerrar aquele assunto de uma vez por todas.

A espada na mão começava a brilhar em azul enquanto ela se ajoelhava em frente a cruz gigante no altar.

Ó! Meu Senhor, dai-me forças. Forças para compreender este mundo e tomar a decisão correta - Lágrimas escorriam de seus olhos enquanto pingavam sobre a lâmina da espada em sua mão. Permita-lhes não sofrerem a dor e nem conhecerem as sombras deste mundo... eu lhe suplico. - Deixava a espada sobre o chão, a mesma que lentamente começava a desaparecer.

Olhou em direção a entrada e clamou, em um grito desesperado.

- Clemence! - Iria indagar ao padre responsável pelo local, o que fazer.

[Padre Clemence]

O padre, que geralmente se encontrava no cemitério, lá permaneceu, todavia uma pequena energia se manifestou. O eterno guardião, a outra metade da alma do padre, Tenko, a raposa, se manifestou. A pequena raposa branca, que pareceu surgir do ar, rapidamente escalou a papisa para se aconchegar em seu pescoço, lambendo das bochechas as lágrimas salgadas.

- O que lhe aflige, vossa Santidade? - A voz de Clemence soou pela raposa, mesmo que essa não movesse sua mandibula para tal.

[Pope Paolo V]

A papisa fez um carinho na raposa, quando sentiu suas lágrimas serem lambidas. Um sorriso surgiu em sua face, enquanto abaixava a cabeça de forma tristonha.

Ó! Clemence, meu jovem. Estamos certos? Devemos mesmo ter essas guerras? Clemence, responda-me... devemos ir atrás de todos aqueles que fazem mal aos demais? Pois se assim o for, Azzuraluna conhecerá o gosto de sangue novamente.... - Disse deixando cair as lágrimas de novo. Sua alma ficava a vibrar em tristeza, a energia que emanava era do mais puro e profundo desespero, medo e melancolia.

[Padre Clemence]

A raposa fechou os olhos ao receber a caricia, se aconchegando mais junto a papisa, como se tentasse consolar sua tristeza.

- Minha senhora, tu fos-te piedosa perante meus crimes, por mais que eu fosse uma criança, ciente eu era do que fazia. Diga-me, senhora, errado é aquele que tenta salvar uma pessoa amada, sacrificando dezenas de vidas inocentes? Ou seria errado aquele que mata o seu vilão? - A voz do Padre soava profunda. - Pois digo-lhe que tal justiça não cabe a nós, minha Senhora! A nós cabe a missão de enviar os pecadores para nosso Senhor, pois Ele é o único que reconhece o peso dos pecados dos homens.

Tenko passou a cauda felpuda por trás do pescoço da papisa, usando a ponta para lhe acariciar a bochecha.

- Vossa alma é boa, minha Senhora. Azzuraluna certamente a escolheu pois enquanto em vosso poder, ela não será usada erroneamente. Então, lhe pergunto minha senhora: acreditas que esses pecadores hão de ver a justiça divina pela lâmina de Azzuraluna? Ou acreditas que eles, assim como eu, podem encontrar a redenção na Terra?

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