Cemitério Pine Grove

[Ryou Hayashi]

Relembrando a primeira mensagem :

Aqui é onde as pessoas realmente são enterradas. Foi criado depois que o Cemitério Summer Hill ganhou popularidade, todos foram removidos para cá e este é um lugar sereno para que as famílias possam visitar seus entes queridos sem o tumulto que às vezes toma conta de Summer Hill.
Existem diversos carvalhos ao longo do cemitério e mesmo os túmulos são bem simples, marcados apenas com lapides; como esse se trata de um cemitério novo, a Camlann adotou um método de destruição dos corpos que não sejam nocivos para a natureza. A própria funerária fica ali próxima e é financiada pelo governo, dessa forma aceita qualquer um desde que a família se responsabilize por qualquer regalia a mais para o falecido.
Próximo do cemitério dá para se avistar a pequena Igreja.

-> Igreja
-> Principal

[Lucca Archibald]

Estava cansada. Seu espirito de luta certamente estava desgasto, mesmo que sua decisão se mantesse a mesma, ainda que ainda estevesse "ali", não conseguia ter vontade de continuar lutando: ainda mais por que sabia que era inútil tentar fazer uma disputa de força contra aqueles golens.

Conforme chegavam no local e percebeu quem estava ali... Não, sequer conseguiu observar os presentes ali, seu olhar se voltou imediatamente para Shibaki, um frio apertou seu coração.

- Não! Shibaki!

Sua voz estava realente tomada de preocupação. Não fazia ideia que seus ferimentos eram tão sérios assim. Se remexeu pela primeira vez buscando se soltar, ssem sequer notar a presença do Gael ali, acabou olhando para Sasami.

- Po-Por favor me solte! Eu... Deixe-me ajudar!

[Houko Choi]

*Houko havia sido pego de surpresa pelo golem de sua filha e arrastado até aquele lugar a força para ter sua vida salva, feito de fato louvável e digno de filhos que querem salvar o pai, todavia, ele não havia ficado muito feliz com aquilo, pelo contrário. Ao chegarem ali ele se debateu e caiu no chão escapando dos braços daquele criado e caído no chão ajoelhado no mesmo tendo as mãos na grama ele berrava:
 
-AAAAAAAAAAAAAAH! –Socou o chão e acabou quebrando ele em uma área bem pequena, ele não era tão forte assim, não fisicamente.
 
-MALDIÇÃO! NÃO, NÃO PODE SIMPLESMENTE SER ASSIM! –Se ergueu do chão e começou a seguir em frente, todavia, percebendo aquela nevoa e sensação magica, acabou então voltando seu olhar para Sasami e via ela com Shibaki ferido em seus braços, ela cuidava de seus ferimentos e mesmo com seu jeito apático de sempre ela parecia preocupada e isso o fez repensar se deveria ir e voltar para de onde havia vindo, todavia, não podia deixar seus filhos sozinhos e por isso buscou alguma resposta rápida, afinal, cada segundo a menos era um segundo a mais para Dante perecer.
 
-... –Percebeu então que Gael estava ali e acabou se enchendo de esperanças, é claro que seu dito “Deus” iria salva-lo naquele momento, de alguma forma. Aproximou-se dele e então fez uma breve reverencia buscando demonstrar respeito.
 
-Kami-sama, por favor, eu peço para que proteja meus filhos enquanto eu estiver fora, eu preciso resgatar o meu primogênito o mais rápido possível, porém, enquanto eu estiver fora eu peço para que inicie o necessário para... –Voltou o olhar para Lucca estando bem diferente de antes, realmente parecia estar cheio de ódio, seu olhar verde até possuía certa sombra sobre si.
 
-Tomar o que é nosso por direito e assim acender a seu trono, Kami-sama. –Chegou até mesmo a fechar o punho, se aquela desgraçada não tivesse feito tudo errado ele não estaria naquela situação, mas isso não importa agora, ele tinha que fazer outra coisa mais importante do que ficar gastando ódio com ela, mas antes de ir precisava de uma resposta e percebendo que seu atual celular vibrava ele acabou o pegando para responder.
 

-O que você está fazendo? Saia do caminho Lucille. –O homem estava visivelmente diferente, seu olhar estava mergulhado em “trevas” e o verde das irias acabava ganhando certo destaque, ele realmente estava tomado por aquele sentimento horrível e seu tom saia no minimo intimidador, era como se ele realmente pela primeira vez estivesse disposto a tomar a vida de alguém.

[Perenelle Opfatter]

          E nada de acabar aquela sensação estranha, tudo parecia culminar no problema, mas por mais que tentasse falar não seria ouvida, talvez se esperneasse teria sua voz, mas não queria passar vexame perto de todos, até que viu ao longe aquela imagem ao fundo, escura, grande, e .... Espera, e de uma tremedeira extrema passou para uma preocupação, conhecia aquelas pessoas ali presentes, sabia quem eram, e lentamente foi se aproximando até que Sasami parou tudo para ajudar seu irmão, estava preocupada de mais para fazer algo, mas ela já fazia. Olhava para Shibaki sem saber o que fazer, e virou-se para Lucca que fazia esforços para algo que não entendia até ela falar. - Não se preocupe, Sasami vai ajuda-lo, é você que precisa de ajuda no momento. - Respondia sem delongas, sua voz estava calma indo contra tudo que expressava. Mas faltava alguém, e de acordo que Houko falava, ela olhou para ele dizendo. - Dante ficou? - findou com essa pergunta.

[Gael Estus]

Não tinha o que se preocupar, ela era a causadora, apenas deixou que eles se levantassem como naquele filme "O levantar dos mortos vivos", algo assim, mas era isso mesmo.
     Enquanto observava tudo, sua atenção se virou para algo que estava fora dos padrões da conjuração, poderiam ser inimigos ou até mesmo pior, fechando os punhos deixou que eles viessem, se dessem o primeiro movimento só seria isso que dariam, mas, a mulher apática se moveu antes de ter certeza, citava um nome e se aproximava deles, já ficou ciente que era conhecido dela, e nada mais poderia ser feito, apenas olhando para os acontecimentos sem se mostrar muito emotivo, parecia não se importar pois era assim que se ele era.
     A loira parecia diferente, ela parecia agitada, atéde mais, e ainda dizia coisas fora do contexto já claro para si, nada iria mudar com ela falando ou fazendo, e era assim que se seguiria, e com a aproximação dela, seu olhar serio se ficou nela estando ajoelhada enquanto os braços se cruzavam.

- Não adianta lamentar-se quando está de frente ao inevitável. Você entende o que vai acontecer, mas não compreende o fardo da recusa.

     Não tinha pressa para falar, era como se já soubesse que tinha que arcar com aquilo, e por isso não pensou muito no que dizer, apenas deixou que a verdade fosse aflorada por suas palavras.
     A coelha se aproximou e tentou acalma-la, talvez só a ajuda de alguém próximo para ela mudar de ideia.

- Escute sua amiga, você estará melhor ao lado dela.

     Quando tudo parecia estar resolvido chegou uma pessoa diferente, e sua atenção era ele, parecia tomar até uma postura diferente, mas era só impressão, talvez seguido de como todos estavam diante dos acontecimentos que pouco se importou pelo momento, era só algo próprio que não mudaria ao menos se fosse com pessoas específicas; descruzou os braços e.

- Compreendo... - Respondia dando breves pausa. - Se ainda tem coisas para resolver, então vá, termine tudo o que for preciso. Daremos cabo em tudo que for necessário para concluir... Você tem minha benção...

     Parecia forçar um pouco as ultimas palavras, mas era necessário mais do que parecia, mas não mudou de ideia com o que ja tinha falado.

[Lucille Choi]

Sentiu o chão sumir dos seus pés quando ouviu as palavras proferidas por Gael, erguendo o rosto para ele então virou-se para Houko. Sentiu que tudo estava se tornando uma bola de neve, e Leneth realmente não ajudava naquele momento. Por isso, acabou ficando de frente para Houko, olhando-o nos olhos.

Engolindo seu desespero, respirou fundo para poder falar.

-... Pai, por favor, já temos ela. Po-Por que não tentamos pelo menos escutar? - Sorriu nervosamente. - Eu... Eu não posso explicar, mas, eu... Eu sei que uma coisa ruim vai acontecer se... Se tentarmos a ferir dessa forma. Eu sei que podemos negociar... Por favor...

Lacrimejava de volta, estendendo as mãos para pegar a mão esquerda dele e aperta-la nas suas, engolindo em seco.

- Por favor... Vamos tentar conversar.

[Sasami Nakoto]

*Sasami permanecia com Shibaki em seus braços mantendo os olhos fechados para se focar no que fazia para deixa-lo totalmente bem. Percebendo que a respiração dele normalizava e que o ferimento parcialmente aberto havia sumido junto as queimaduras de seu corpo ela acabou suspirando com certo alivio e abriu os olhos o encarando*

-Ainda bem... -Sorriu de forma um pouco mais aberta do que costumava fazer, realmente estava feliz por ter conseguido ajudar seu irmão apesar da relação que tinham e de estar preocupada com o outro.

-? -Voltou o olhar para Lucille que havia a tocado o ombro e acabou tomando feição de susto ao perceber que a garota parecia estar apavorada.

-Luci... -Antes que pudesse terminar de falar a exclamação final veio e ela acabou voltando o olhar para Gael, um olhar confuso, realmente não sabia o que estava havendo.

-Do que está falando? Lucille, o que está havendo com você? -Realmente ficou totalmente perdida ali sem saber o que estava havendo e por isso quando viu Houko chegar, reagir e dizer tudo aquilo ela simplesmente travou, aquele olhar ao qual ela nunca havia visto acabou a assustando, mas mesmo assim engoliu a seco e serrou os dentes, ela tinha que fazer algo.

-Pai, espera! Eu sei que está com raiva... Mas pense um pouco! Não seja tão brusco, por favor! Tente escutar! -Confusa e com medo pela primeira vez na vida a morena quase que implorava para seu pai a sua forma, esperava alcança-lo de alguma forma e por isso seu golem reagia se afastando dando alguns passos para trás como se quisesse proteger Lucca.

[Lucca Archibald]

Conforme agora havia certo silêncio ali, da parte do Shibaki, a loira se limitou a um sorriso contente em ver que ele estava se estabilizando, dando oportunidade de erguer o rosto para Minaka e piscar os olhos. Ela... Ao olhar ao redor, sentiu o estomago esfriando de ver o olhar do Houko daquela forma, e medo pela sua vida a tomou enfim.

Mas, antes que pudesse prrotestar, enfim notou o protesto por parte daquela que chamavam de Lucille, assim como até mesmo aquela morena passou para o lado dela. Ficou com os olhos arregalados e boquiaberta, e certamente uma parte de si iria estimular aquilo... Entretanto, aquele cenário lhe era deverás familiar.

Olhou brevemente para Shibaki, dor tomando conta do seu olhar antes de observar as duas na sua frente. Não...

Não podia deixar aquilo acontecer de novo.

-... Eu não sei o que está acontecendo... - Falou timidamente no início, erguendo o olhar para fitar as duas ali e sorriu de leve. - Mas, por favor... Não quero mais prejudicar vocês... Eu acredito no amor da sua família...

Lembrou-se daquele momento insano que aconteceu na igreja que estava ali tão próxima, onde Dante gargalhava falando sobre como eles eram uma família falsa. Como tudo era uma criação do Houko. Sabia que era bem provável, mas, iria acreditar neles...

-... O Graal já deveria ter se manifestado, mas, ainda estou na minha forma humana... Eu não sei o que está acontecendo... Mas, por favor, deem espaço a ele, não quero causar mais dor... Eu nunca quis isso...

Uma dor sentimental lhe aplacou, vindo a lacrimejar de volta e a garganta apertou. Nunca desejou nada daquilo. Nunca quis que Shibaki sangrasse, acabou apenas erguendo a cabeça e sorriu dolorosamente. Abriu os lábios para falar o que realmente desejava, o que a estimulou até ali, entretanto se conteve, respirando fundo e olhou para Houko.

-... Estou preparada.

[Houko Choi]

*Enquanto encarava Lucille ele acabou ouvindo seu dito "Deus" e acabou fechando os olhos mantendo aquela expressão que era no minimo intensa, era muita raiva condensada em uma pessoa só, chegava a pesar o ar*

-Obrigado Kami-sama, todavia, peço que use essa benção para terminar o que começamos, dessa vez irei pedir para que use aquilo aqui então eu não irei levar. -Cravou a lança corrompida que tinha consigo no chão, ironicamente ela se adaptava a sua vontade e acabava se tornando uma arma negra visivelmente exalando coisas negativas em um purpuro forte que agia como aura. 

-... -Segurou a arma com mais força ao ouvir Minaka o perguntando sobre aquilo e então se lembrou que sim, Dante havia ficado e não apenas isso, estava vulneravel perante dois inimigos poderosos.

-Sim e corre sério risco de vida, mas eu vou salva... -Aqueles que de fato possuem o sangue de Houko ou parte dele por mais minima que seja acabaram por sentir uma ligeira dor de cabeça e acabaram vendo uma imagem "distorcida" seguida de uma voz terrivelmente familiar e sombria:

-Deixe-o e concentre-se no objetivo, você precisa tomar o Graal agora!

*O olhar de Houko mudou para algo surpreso e ele acabou derrubando o celular no chão enquanto colocava sua mão direita sobre seu olho de mesmo lado enquanto alguns fios de seus longos cabelos negros ficavam sobre seu rosto*

-Se você fizer isso você vai concluir a Grande Obra e poderá criar a Pedra Filosofal e traze-lo de volta junto a Melissa e todos os outros! Pense, pense no sorriso de Beatrice, no de todos, no futuro brilhante que podem ter todos juntos como a familia que você sempre quis! -Ouvindo aquela voz junto a seus "herdeiros de sangue", Houko acabou olhando para Lucille ainda tomado por aquele "pavor", estava visivelmente abalado e sem saber direito o que fazer e apenas a olhava.

-Você... Me chamou de pai?... -Só agora ele percebia que tinha sua canhota pega pela menor que falava consigo, e sim, ele havia escutado, todavia ainda não estava processando tudo.

-"Eu não posso, diferente de Melissa, Dante não possui alma, ele não poderá voltar e eu usar a Pedra Filosofal só iria criar outro Dante e não o nosso Dante, eu tenho que salva-lo..." -O olhar começava a brilhar e seu brilho era contido por aquele palmo e mesmo assim ele permanecia olhando Lucille, ou ao menos parecia estar fazendo isso.

-Tolo, vai deixar essa chance escapar? Você está a um passo de ter o poder absoluto, de realizar todos seus sonhos e de seus filhos e está preocupado com apenas um homunculo? -Diferente de antes, aquela voz não soava demonicamente divertida e hilaria, do contrário, estava carregada de seriedade e até certa raiva e ofensiva.

-Ele não seria ele, eu posso, eu posso tentar outra vez daqui alguns anos, eu posso deixa-la e ir salva-lo, eu já esperei tanto, ela já esperou tanto, eu posso, eu posso... -Durante suas auto-explicações ele acabou sendo interrompido por aquela presença que era direta em seu dito:

-Ela vai usar esse poder para bloquear pessoas como você. -Houko acabou arregalando seu olho exposto e quase serrou o outro que ainda estava em seu rosto.

-Se lembra? Todos que ela considerar maus não vão ter acesso ao Calice a partir disso, logo, não adianta você ter piedade, não adianta você ouvir suas filhas apenas para agrada-las, não adianta você salvar seu filho, é agora ou nunca, se você não o fizer, outro fará e esses longos 800 anos serão jogados fora, estudos, guerras, missões, tudo, e claro, Bleidd irá toma-lo tudo por seu fracasso e você sabe disso, logo, seus filhos, inclusive os seus adotivos, Lucille, Brandon, talvez até mesmo Aimee, ela sempre te bate, mas você gosta dela também, não é mesmo? -O olhar dele começou a se estreitar e acabou abaixando a cabeça deixando a sombra ficar totalmente sobre cobrindo os olhos os ocultando.

-É literalmente tudo ou nada agora, Vlad. Você consegue, você vive até hoje apenas para esse momento, use a lança, desfrute da benção, beba do Calice e forje a Pedra, não precisa se preocupar que Dante será salvo, afinal, seu favorito está com ele, o unico que você considera na Lucius inteira além da Aimee e da Beatrice, então vamos, honre a morte de sua filha e o esforço do seu mais novo filho, DE O COMANDO E ORDENE A DEUS TE ENTREGAR AQUILO QUE SEMPRE FOI SEU E QUE AGORA TENTAM TOMAR DE VOCÊ! VAMOS VLADIMIR! FAÇA! -A mão foi escorregando pelo rosto e os cabelos ficavam sobre o olho esquerdo revelando apenas parte do direito entre os dedos que o tapavam, estava todo verde com apenas a iris em linha amostra.

-Lucca Archibald... "-Ele está certo, não haverá uma proxima..." Eu a rejeito como meu calice pois você corrompe meu licor "-Me desculpem meninas, Luci, Sami, eu não posso perder mais tempo...", Kami-sama, tome-a para si, consuma-a, eu o permito usar de seu poder e em nome de Bleidd eu -"Preciso fazer isso logo, eu preciso ajudar o Dante e o Brandon...", Houko Choi o Guardião da Lança do Destino o peço para que empunhe minha arma e santifique meu licor e o torne minha agua santa. -Lucille podia sentir a mão de Houko tremer, mas logo se firmar na dela, era como se ele estivesse buscando força para fazer aquilo sem hesitar, ele não podia, não agora, simplesmente não podia.

[Lucca Archibald]

Lucca, inicialmente, observava Houko com piedade, todavia, soltou um gemido dolorido e fechou um dos olhos conforme uma dor aguda atingia sua cabeça. Balançou a cabeça, buscando ignorar a dor para se focar no que ocorria ali, entretanto, ficou boquiaberta em ver aquela figura escura ao lado do Houko, ainda mais escutá-la.

- Mas que merda é essa... - Murmurou baixo, balançou a cabeça para ver se passava e até piscou os olhos algumas vezes, mas aquilo ainda estava ali. - Mas o que...

Enquanto ouvia as palavras daquele ser negro, algumas peças "caiam" no lugar e, sua expressão de piedade e compaixão logo ficou séria, na realidade, quase assustadoramente séria.

Quando tanto a voz quanto Houko terminaram de falar, suspirou exasperadamente.

- Essa foi a maior quantia de besteira negativa que já ouvi,  e olha que meu pai era horrível. - Sua voz tinha até mudado do tom agudo e suave de sempre para algo mais sério, limpando a garganta, falou de maneira calma. - Não estou querendo salvar minha pele aqui, mas, essa... Coisa é idiota. De fato, minha alma vai estar vinculada ao Graal, mas eu... Vou morrer. Não sei o que vai acontecer comigo daqui, se vou me juntar ao Graal ou se mesmo vou voltar a encarnar... 

Ela olhou para baixo, suspirando tristemente.

- O que eu não quero é deixar pessoas com objetivos egoistas ou destrutivos tomarem o Graal. Por exemplo, pedir pela destruição da raça humana ou causar um desequilibrio social que pode acabar com a sociedade. Existem regras, claro, mas essas são os limites que até mesmo a magia verdadeira pode realizar, e... Bem, não tenho como passar delas. Houko... Não, Vlad? Eu não sei... Olhe, vá atrás do Dante, eu não quero que mais ninguém morra, pelo contrário...

Ela sorriu sutilmente e olhou para Shibaki.

- Eu acredito na sua família... Eu desejo do fundo do meu coração que todos os homunculos possam se tornar humanos... Se for para morrer, eu... Queria pedir para que pudessem tornar isso realidade. Dê a eles uma vida... Todos eles... Claro que futuros homunculos não poderia ser criados, se não os seres humanos iriam abusar disso... Mas, se pelo menos vocês puderem se tornar uma família completa... Eu posso morrer em paz.

Lucca olhou para Houko, sustentando o olhar temporariamente antes de sorrir.

- Espero que consiga encontrar sua paz, Houko.

Após isso, respirou fundo e fechou os olhos, preparada para tomar o golpe que lhe tiraria a vida.

[Lucille Choi]

Com o apoio de Sasami, a coragem de Lucille se renovou, e logo seu nervossismo desapareceu, ainda que o temor estivesse presente. Mas, algo estranho aconteceu... Houko parecia estar em dor e a garota arregalou os olhos, genuinamente preocupada apertou a mão dele em resposta.

- O que está acontecendo?!

Queria ajudar, desesperadamente quase, mas, lentamente ele parecia se recobrar, nem havia percebido que o chamou de pai até aquele momento, ficando até suavemente sem jeito mas, no fundo, houve uma pequena alegria. No fim das contas, a voz da outra loira lhe chamou a atenção e virou o corpo para ela, ficando próxima do Houko ao ponto de estar quase abraçando o braço do mesmo enquanto segurava sua mão.

Sentiu, agora, que o perigo havia passado. Olhou para Leneth, que não retribuiu o olhar dessa vez, e respirou fundo. Acabou virando o rosto para o lado e apertou a mão do homem mais velho. Não queria ver aquilo. Realmente não queria.

[Houko Choi]

*Houko acabou estreitando o olhar ao ouvir Lucca falar e Kuro acabou usando seu corpo sem vértebras para "deslizar" para um dos ombros do homem e ficar olhando por cima dele com certa curiosidade*


-Hooo, ela ta me escutando? Mais uma de suas filhas perdidas, Vlad? -Nem o próprio Houko entendia o que estava acontecendo e por isso mantinha-se sério e com o olhar estreito.

"-Claro que não, essa garota não é minha filha." -A feição mudou para algo de surpresa quando ouviu aquela nome, porém logo mudou para a expressão irritadiça, odiava ser chamado daquele jeito.

-Meu nome é Houko, Houko Choi, e quem disse que você vai apenas morrer? -O sorriso nervoso se abriu demonstrando a raiva que ele estava sentindo, algo que acabou sendo "cortado" quando sentiu o aperto de Lucille em sua mão, acabou voltando o olhar para baixo e vendo o "desespero" que ela sentia, sua expressão acabou mudando se tornando algo mais morno, usou então da mão livre para toca-la no topo da cabeça e traze-la para perto, quase como um abraço.

-Shibaki, o que você... -Mantinha o olhar baixo devido Lucille, mas logo encarou o outro filho mantendo a expressão de ligeira revolta, afinal, se Lucca não era sua filha, havia apenas uma explicação para isso ao qual ele só tinha noção por ser um cientista.

-Eu não acredito... Seu imbecil. -Acabou deixando a menor mais junto a si e começava a caminhar se afastando do local aos poucos.

-Vamos conversar melhor sobre isso depois... Voce falhou comigo Shibaki, você desonra sua familia... Sasami, já sabe oque fazer, os demais me acompanhem com exceção de Gael. -Enquanto se afastava ele podia ouvir Kuro rindo, este que agora complementava o riso com sua fala.

-Eu vou ficar! -O moreno não se importava com aquilo então apenas acenou com os ombros e citou:

-Faça o que quiser. -Tomou uma certa distancia junto a Lucille sendo acompanhado por todos com exceção de Gael e do próprio Kuro.

[Hector C. Lucius]

*Shibaki permanecia ali vendo tudo turvo, não estava em seus melhores dias e por isso almejava desmaiar e acordar só no dia seguinte totalmente recuperado e com suas habilidades em dia, porém, aquela noite parecia não ter um pleno fim e por isso não podia se dar ao luxo de dormir*

-A lança... -Tentou explicar, mas lhe faltava ar e por isso apenas esperou ser curado, ter sua saude revigorada e então poder explicar, todavia, sua atenção acabou sendo tomada pela pequena confusão que acontecia ali e agora permanecia a observando em silencio.

-Sami, Lucille... -Mesmo com certa dificuldade devido as dores que ainda sentia, o moreno começou a se levantar devagar pondo a mão sobre a parte exposta de seu peito e acabou sentando-se no chão.

-Pai... -Acabou sendo tomado pela surpresa ao sentir Kuro ali com tamanha intensidade, realmente dessa vez aquela entidade acabou se manifestando de forma mais intensa do que das outras vezes, era como se seu poder estivesse mais forte e palpavel a todos os descendentes. 

-Kuro-san... -Ele entendia bem todas as palavras daquela entidade e por isso apenas abaixou a cabeça e fechou os olhos, ela realmente estava certa, se não fizessem nada agora não haveria um depois para tentar de novo.

-Do que ela está... -Voltou a atenção para a situação, mais precisamente para Lucca e ao ouvir ela dizer aquele nome o moreno só faltou ficar ainda mais branco de tanta surpresa, como ela... Ela tinha o escutado?

-Isso não é possivel... -Ficou ali sentado com o olhar tomado por uma surpresa tão forte que nem sabia mais o que fazer direito, todavia, quando seu pai o dirigiu a palavra ele apenas tentou falar:

-Eu... Eu... -Desviou o olhar e colocou a mão na cabeça deixando parte de seus cabelos negros entre os dedos, realmente não sabia o como lidar com aquilo.

-Me desculpe... -Sendo o filho de um cientista ele começava a juntar as peças e perceber o que estava acontecendo, como? Não, ele sabia o como... 

-Eu sei... Mas espera... Por que nós temos que... -Acabou se levantando de forma brusca tomado por algo que parecia pavor.

-Não, isso não pai! -Aquela cena lhe era familiar devido as circunstancias, afinal, ele sabia o que Sasami faria e o que isso significava e por isso buscou impedir a seu modo. 

[Sasami Nakoto]

*Sasami deixava Shibaki se levantar e se virar sozinho enquanto permanecia atenta aquela situação como um todo com certo alivio, parecia que o pior já tinha passado, todavia, aquele assunto novo que começava a se desenrolar começava a deixa-la preocupada*


-Então foi isso... -Ela foi ensinada pelo pai então sabia o que tudo aquilo significava e por isso olhou para Shibaki e pode sentir quase que por empatia o que ele sentia, de fato aquilo podia ser agonizante, porém:

-Você irá apenas comer do fruto que plantou, Baki... -Falou com certo peso na voz e se levantou também, acenou então para seu golem livre que seguiu até Shibaki e o agarrou a força e começou a arrasta-lo para longe dali mesmo que ele ficasse se debatendo e esperneando. 

-Irei fazer como desejar, Pai. -Seguiu se afastando junto a todos certificando-se de que seu golem levaria também Leneth caso ela decidisse ficar para trás também independente de seus motivos. Após todos estarem a uma distancia "segura" ela apontou a mão para onde Lucca estava aprisionada junto a Gael e acabou formando uma cupula de terra ao redor deles para deixa-lo tanto em um espaço mais reservado como também protege-los de investidas de fora, isso somado ao fator de que acima havia uma fresta bem pequena por onde apenas uma boa quantidade de luz da noite passava para que tudo o que ocorresse ali dentro pudesse ser visto por quem estava ali dentro, todavia, quem estava de fora não podia ver ou ouvir nada, afinal, aquela fresta embora aberta era basicamente vidro reforçado feito a partir da areia fina. 

[Lucille Choi]

A garota ficou em silêncio ouvindo aquilo tudo, olhando para eles confusa, sem ainda entender do que se tratava, sem entender a carícia que recebeu na cabeça.

- O que..?

Ergueu a cabeça e observou o desenrolar que se seguiu, o desespero retornou a sua face conforme começava a entender que, apesar de ter tentado deter aquilo, o que iria acontecer previamente voltaria. O conhecimento se derramou em sua mente conforme olhava desesperadamente para Leneth, observando um pequeno brilho metálico saindo de dentro do casaco que sempre usava.

- Leneth! Não!

A garota estendeu a mão.

- Hayashi, pare com isso! Você prometeu! Você prometeu!

Aquela cena lhe era familiar, horrivelmente familiar com quando seu irmão enfrentou Subaru na beira do rio. Um grito de dor e horror partiu da sua garganta conforme o trauma lhe tomou.

- Leneth!!

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