Cemitério Pine Grove

[Ryou Hayashi]

Relembrando a primeira mensagem :

Aqui é onde as pessoas realmente são enterradas. Foi criado depois que o Cemitério Summer Hill ganhou popularidade, todos foram removidos para cá e este é um lugar sereno para que as famílias possam visitar seus entes queridos sem o tumulto que às vezes toma conta de Summer Hill.
Existem diversos carvalhos ao longo do cemitério e mesmo os túmulos são bem simples, marcados apenas com lapides; como esse se trata de um cemitério novo, a Camlann adotou um método de destruição dos corpos que não sejam nocivos para a natureza. A própria funerária fica ali próxima e é financiada pelo governo, dessa forma aceita qualquer um desde que a família se responsabilize por qualquer regalia a mais para o falecido.
Próximo do cemitério dá para se avistar a pequena Igreja.

-> Igreja
-> Principal

[Albert (Albe) Tannhauser]

Albert havia deixado a festa. Foi lá com o objetivo obter informações, saber mais sobre os magos dessa cidade e até que nessa parte foi bem sucedido, porem voltou com cargas maiores de duvidas. Estava complemente perdido, de fato, ele era um aliem naquele ambiente, qualquer um que percebesse isso saberia na hora que ele não pertencia de fato a "classe social dos magos" e não tinha pretensão de pertencer, mas tinha que se envolver. E como não achou que seria saudável permanecer mais um minuto naquela reunião ele saiu em busca de alguém menos "avacalhado": o suposto padre de nome Clemente.

Este havia saído da festa informando que poderia ser encontrado na Igreja e Albert demorou um pouco para decidir buscar sua orientação, mesmo que ele não estivesse seguro que o padre seria simpático em lhe fornecer isso. Ele finalmente encontrou o padre no caminho para a igreja, estando ele próximo a entrada o cemitério.

- Padre Clemente. - Chamou seu nome sem levantar a voz para não lhe agredir aos ouvidos. -  Não quero ser inoportuno para você, mas estou com muitas perguntas.

[Padre Clemence]

Clemence estava olhando o cemitério, mais especificamente, orando na frente da cruz maior no meio do cemitério, quando ouviu o rapaz o chamando.

Tornou o corpo para o mesmo, vindo a sorrir calmamente. Pela primeira vez a pequena raposa não parecia estar por perto.

- Olá, não há nenhuma situação inoportuna, meu caro. Diga, o que lhe aflige?

[Albert (Albe) Tannhauser]

Tomou um passo a mais para trás dando mais espaço para o padre.

- Muitas perguntas sobre a festa... Quem eram toda aquela gente e porque recebi o convite? Não vai me dizer festas assim são corriqueiras entre os magos, vai?

[Padre Clemence]

O homem deu um riso calmo.

- Não, não são corriqueiras. Aquela festa foi feita a pedido do Lupus, sendo que Victor atuou como anfitrião... Estou surpreso que não tenha conhecimento de tudo, mas, lhe explicarei, certamente. - O padre tornou de volta para a cruz. - Aquilo foi uma reunião para tentar encontrar aqueles que estão envolvidos na guerra pelo Santo Graal. Para facilitar as inquisições, diversas pessoas foram chamadas para encobrir o pretexto e objetivo de reunir os representantes das organizações influentes... Como a Igreja, Clock Tower, Seishikidan... E outros.

Clemence sorriu calmamente, colocando as mãos atrás do corpo e vindo a segurá-las na altura do pulso.

- Foram convidados todos os magis da cidade para esse fim.

[Albert (Albe) Tannhauser]

Albert permaneceu em sua postura polida em seriedade.

- Eu não sou um "mago" propriamente dito... minha mestra me ensinou taumaturgias e treinou meu corpo e mente, mas não estou envolvido nos assuntos desse meio. Nunca tive contato com o "submundo" da Igreja, nem com a Clock Tower e nunca nem ouvi falar dessa Seishikidan. Então agora entende porque não fui capaz de compreender tudo... - Suspirou por um momento. - Eu fiquei muito surpreso em saber que há tantos magos nessa cidade e mais surpreso ainda de, que quem quer que me enviou o convite, soubesse que eu também sou um e onde me encontrar. Eu pensei que eu estava sendo discreto demais até para as pessoas comuns.

- Enfim... Poderia me falar sobre a Seikishidan e sobre o homem que a representava na reunião?

[Padre Clemence]

O padre voltou o corpo para o homem, soerguendo as sobrancelhas.

- Entendi... Seishikidan foi um grupo de templários durante as cruzadas que se separou da Igreja devido seus métodos serem extremistas, eles se tornaram organizados o suficiente para formarem um grupo que dura até então. Victor é o líder dos mesmos... Agora, que convite você estava se referindo?

[Albert (Albe) Tannhauser]

- Me refiro a carta luminosa que apareceu na mesa da minha sala ontem a noite. A carta parecia ser feita de luz. Por acaso não sabe disso? 

Questionou cruzando os braços. Temia que nunca tivesse recebido o convite deles e que foi enganado por outra pessoa para aparecer por lá.

- Os magos daqui parecem estar bem divididos. Parece que levam a sério suas questões familiares... O que estava havendo com relação aquele homem de cabelos brancos e aquele loiro que o agrediu? Se me lembro bem o albino era chamado de "Brand"... Eles são influentes nessa cidade?

[Padre Clemence]

- Ah sim!

O padre sorriu sem jeito, dando até mesmo uma risada.

- Perdão, fiquei confuso por um momento. Sim, também recebi. Todos recebemos. Famílias tradicionais de magis levam verdadeiramente a sério suas relações, uma vez que o sobrenome de uma família normalmente determina o quão bem sucedido um magi vai ser. - Clemence deu de ombros. - Aquele de cabelos brancos é um dos herdeiros possíveis ao trono dos Lucius, uma das principais famílias magis atuais; e aquele que o agrediu se tratava do representante enviado pela Gwyn-Llys, outra organização... E um pouco perigosa até demais.

Ele suspirou, acenando negativamente com a cabeça.

- Por isso eu havia dito que entrou numa situação um tanto complicada.

[Albert (Albe) Tannhauser]

- "Complicada"? Hm... Parecia realmente perigoso estar lá.

Agora parecia fazer sentido o porque os Tannhauser tem tanto ressentimento com sua mestra e com ele mesmo pela "ousadia" de carregar o sobrenome deles. Eles são certamente uma família insignificante comparada com as que conheceu hoje, e tanto sua presença quanto a de sua mestra deve de alguma forma ser entendida como um entrave na escalada deles nessa sociedade. Ele não entendia isso antes, porque em momento algum deu importância para isso, ele só estava aqui por sua mestra.

- Aparentemente ninguém gosta dos Lucius, ou pelo menos ninguém gosta daquele Lucius. Por que?

- Existem outras famílias presentes aqui além dos Lucius?

- Pode me falar sobre essa Qwyn-Llys? Esse é outro nome de que nunca ouvi falar.

[Padre Clemence]

- Sim, existem outras famílias presentes. - Ele suspirou, acenando positivamente com a cabeça. - Optaffer, Aristóteles... Sobre a Gwyn-Llys, não é uma surpresa que não tenha ouvido falar deles, são uma organização secreta. Eles acreditam que o ser humano evolui a partir da dor, resumindo bastante.

O homem olhou para o céu do entardecer.

- Em breve será noite.

[Albert (Albe) Tannhauser]

- Não me dirá sobre o problema com Lucius?


Albert olhou o relógio. Perdeu o dia inteiro tão rapidamente... Estava começando a sentir fome agora que percebeu a que hora estava.




- Bom, eu já estou de saída... Mas me responda uma coisa. Vocês conversavam sobre uma Guerra do Santo Graal. Vocês acham que aquelas criaturas de ontem apareceram graças a manifestação do Graal, correto? Quando essa guerra se iniciar, não serão vocês da Igreja os árbitros? Se forem, saberão dizer quando a guerra vai começar?

[Padre Clemence]

O padre virou o corpo para o rapaz, um tanto sombrio acerca do que ele dizia, mas, veio a sorrir tranquilamente mais uma vez.

- Não será somente a Igreja. Vejo que então está esperando pela Guerra, então? Isso é bom... É bom saber que existem alguns entre vocês que vão apoiar a causa... - Clemence suspirou. - Você é um dos escolhidos, e a guerra já começou. No momento, um dos servos acabou de ser invocado... Quando chegar a hora, você irá também ter seu teste...

Ele tornou a olhar para a cruz.

-... Eu sou um dos representantes, mas, não sou quem participou do ritual. Apenas aqueles que participaram são capazes de dizer quem é ou não escolhido, e me havia sido informado que você foi um deles. Os arbitrários... São todos os que participaram do ritual que começou isso tudo. E eles já estão se movendo.

[Albert (Albe) Tannhauser]

- Então a guerra já se iniciou e vocês já sabiam sobre mim... - Albert não se intimidou com o olhar sombrio do padre, mas temeu que ele estivesse escondendo algo. De qualquer forma estava satisfeito em confirmar que a guerra já se iniciou e Albert foi eleito para o conflito. Não sabia como foi escolhido e não importava, interessava a ele apenas fazer a sua parte dali por diante.

- E eu não apoio causa alguma, quero deixar isso bem claro. Eu preferiria não estar envolvido nisso.

Ele então começou a se virar para ir embora, mas parou no meio da ação.

- Muito obrigado por conversar comigo, padre. Tenha uma boa noite.

Então terminou de dar as costas e iniciou sua caminhada para a saída do cemitério. Com o celular em mão, ele enviava a mensagem para seu contato com os Tannhauser:

"A guerra começou.

Eu estou dentro.

Aguardo o catalizador* e mais instruções."

(*) Objeto relacionado ao antigo herói que servirá de ferramenta para o ritual para invocar seu espirito.

>>> Residência Albe

[Setsuna e mais uma negada]

Uma serva chegava ali e preparava seu arco ainda oculta

[Conteúdo patrocinado]