Sala de Interrogatório 06

[Ryou Hayashi]

Relembrando a primeira mensagem :

A sala é simples, completamente de concreto, mas, existe uma espécie de magia peculiar que inibe manifestações de magias dentro desse recinto. Uma mesa de metal, parafuseada na mesa, sendo que, entretanto, não tem um vidro para acompanhar o interrogatório e cinco cadeiras presentes no local, igualmente de metal.

[Houko Choi]

*Os sons de passos podiam ser escutados ao fundo e esse som ia ficando mais alto conforme a figura ia se aproximando. Caminhando pelos corredores com certa pressa, Houko chegava a esvoaçar seu sobretudo até chegar ao local onde havia sido preso uma outra vez, ironia, dessa vez estava sem magia mesmo fora daquele lugar, se perguntava então se aquele contrato com Carmen e os demais lideres teria funcionado com precisão, mas enfim, o que passou, passou*


-... -Antes de abrir a porta ele viu seu celular e depois mandou mais algumas mensagens, nisso ele pode ouvir de relance os ditos por ultimo e então acabou entrando na sala.

-Cheguei, parece que todos finalmente se reuniram no refeitório com exceção de Sig que está cuidando dos mortos na enfermaria. -Olhou a situação como um todo mantendo aquele sorriso fino e um tanto perverso, então era aquele garoto albino a "cria" de Borislav que muito provavelmente era o culpado de tudo aquilo junto a mais alguém.


-Bem, o que conseguiram desse garoto? Precisamos sair daqui o mais rápido possivel antes que os ferimentos de Carmen piorem, mesmo com os olhos cobertos, é questão de tempo até que ela pegue alguma infecção estando tão exposta e sem os olhos devido terem arrancado eles de forma tão cruel, deixaram nem as pálpebras e esse foi um belo problema. -Estava blefando, Carmen já estava devidamente bem, mas por ser um medico e um "malandro" nato, não havia uma gota de duvida ou qualquer outra coisa em sua fala que soou como sinceridade absoluta.

[Ikeel Bartley]

Aqueles dois eram bons em tirar informações dos outros, e isso, de certa forma, fora um alívio para Ikeel. Ela não conseguiria sozinha, e sabia disso. Não teria coragem de pressionar Pierre.
 Virou-se ao notar outra figura adentrando o interrogatório, inicialmente apenas dando o relatório da situação fora daquela sala.

[Edgar Poem]

Se afastava ao notar que o garoto havia aberto o bico e então se virava para Houko que entrava na sala, parecia que o tempo havia acabado para perguntas quando logo em seguida veio o aviso.

--Bom já tínhamos acabado mesmo. - se alongava pronto pra sair do quarto.

[Pierre Argentum]

Ao ser pego nos braços, Pierre logo escondeu o rosto e desabou a chorar ali, abraçando o mais velho enquanto se debulhava naquilo tudo. Seu pequeno tremia e estremecia e assim permaneceu até mesmo depois do Houko entrar, sem conseguir prestar atenção no mesmo devido estar chorando.

[Phoenix Fagire]

Phoenix tomou um puta susto do caralho quando viu o cientista entrar, achou que a porta estava trancada, e por isso deu um pulo quando escutou ela abrir do nada.

- Que susto da porra. Liga o ''Blutofi'' que você vai ter acesso do que realmente aconteceu aqui.

Pegou seu celular para mandar a gravação do interrogatório que o loiro gravou, no qual deixou seu celular em cima da mesa gravando tudo. (Assim que o Houko ligar o Bluetooth, na mesma hora ele vai enviar o arquivo da gravação).

- É isso ai, esse garoto é uma boa criança, ele foi forçado a fazer coisas no qual ele não desejava. Tiraram a inocência dessa criança.

Continuei com a criança no colo, comecei a acariciar os seus cabelos, e falar no ouvido dele.

- Vai ficar tudo bem, já passou, você salvou a pátria. 

[Houko Choi]

*Ao ser levado para fora da sala por Ikeel, Houko ouvia o que ela tinha a falar sobre o que foi dito por Pierre, uma especie de relatório até que bem detalhado que ele ouvia com um braço em torno do torso que servia de encosto para o cotovelo que seguia apoiado no antebraço que disponibilizava o palmo para apoio do queixo e consequentemente da cabeça toda*
 

-Entendo, então é isso... -Acenava positivamente com a cabeça para ela concordando com boa parte do que havia sido dito e brevemente discutido entre os dois ali, havia chegado a um bom senso.

-Haviam me dito que eram dois, e pelo diagnostico de Angus Estus, os crimes foram cometidos em duplas, um amador ou talvez afobado demais e alguém mais experiente no uso das laminas, se descobrirmos que Borislav sabe manejar armas brancas, com esse testemunho já podemos culpa-lo com a mão na massa, do contrário, ele apenas abriu alas para a dupla fazer o que devia ser feito, porém, foi dito que nas cameras foram vistos um grupo de pessoas, o testemunho de Carmen também disse isso, então... Tem alguma coisa errada... Ikeel. -Demorou um pouco para memorizar o nome dela, mas conseguiu, talvez, de qualquer forma, acabou voltando o olhar para dentro da sala ao ouvir Edgar e Phoenix falando consigo.

-Vocês realmente fizeram um bom trabalho, confesso que estou surpreso com os três e devo desculpas, realmente os subestimei achando que não seriam capazes de lidar com a situação, mas vocês conseguiram com louvor, quando sairmos daqui, os portões da Eden estarão abertos para vocês, embora alguém daqui já tenha essa regalia desde sempre, não e mesmo. -Com o celular na mão ele jogou para cima e o pegou novamente para então coloca-lo no bolso novamente, olhar para Phoenix, sorrir fino e então voltar o olhar para frente se retirando dali, ou quase.

-Ainda tenho muitas perguntas e coisas a fazer, porém, já estamos atrasados para a festa no refeitório, apesar de que... -Voltou o olhar sobre o ombro para o Fagire que se encontrava com a criança chorosa ali.

-Guerras, batalhas, não, qualquer tipo de conflito não são para crianças, ninguém tem o direito de tomar a inocência, o direito delas de serem crianças, Phoenix, o que está acontecendo lá em cima não é para esse garoto, combine entre você, Ikeel e... -Olhou para Edgar, não sabia se podia chama-lo simplesmente de "Reaver", então caçou na memoria o como Blair o chamou.

-Poem, quem ficará com o garoto aqui embaixo para ela não passar por devidos traumas lá em cima, tudo bem? Eu irei voltar e adota-lo como meu filho se preciso, você sabe que é bem do meu feitio fazer isso, claro, se ele quiser, mas ainda é fato de que ele não pode ir lá, é uma conversa para adultos onde muita coisa pode acontecer, todos entenderam? Espero não ter soado rude, de qualquer forma, estou indo, preciso resolver as coisas e só vou poder graças a vocês, obrigado, espero um dia poder retribui-los de alguma forma, até breve. -Com o relatório oral de Ikeel e o digital de Phoenix, Houko já tinha o que era preciso, então colocou a mão no bolso e tomou rumo de volta ao refeitório. 

[Ikeel Bartley]

Tudo que Ikeel podia sentir no momento era um misto de pena e simpatia por Pierre, talvez por já ter passado por algo parecido no passado. Provavelmente se tornaria um trauma para o garoto, por isto estava preocupada.
 Aproximou-se de Phoenix logo após repassar as informações para Houko, simplesmente por Pierre estar com o homem. Com um olhar baixo, acariciou o cabelo do garoto, não sabendo o exatamente o que falar.
 - Obrigada, Pierre. E me desculpe... - Não sabia por que havia se desculpado, sequer era do tipo que costumava pedir desculpas, mas bem, o havia dito, e sem motivo algum. Pelo menos nenhum motivo plausível. - Vai ficar tudo bem...

[Edgar Poem]

Colocava as mãos no bolso e olhava para a criança chorando, realmente era situação bem traumática para uma criança e envolve-la demais não faria bem para seu desenvolvimento, além do mais ele prometeu mante-lo a salvo.

--Esta bem, irei vigiar o garoto. - Cada vez mais suspeitava do homem, mas não tiraria conclusões precipitadas, além da situação atual não ser a ideal para resolver isso.

[Pierre Argentum]

Pierre ergueu a cabeça, parando de chorar um pouco enquanto fungava.

- Eu.. Eu posso ficar no quarto... - Ele olhou para baixo, receoso. - Não quero ser um incomodo...

[Phoenix Fagire]

Ficou atento as palavras do cientista, veio a concordar quando ele dirigiu as suas mensagens a mim. Esperava ter conseguido o ajudar, apenas veio a se focar no garoto que estava ali.

- Calma, você não é um incomodo, tu é um herói. Mas eu vou te levar até o quarto sim, não tenho muito oque fazer na sala de reuniões. Até mais Poem e Ikeel!

Acariciou a cabeça do rapaz de uma forma bem suave, ainda estava com ele no colo. Entregou o seu celular para a criança para que ela pudesse ficar jogando enquanto isso, tava tudo trancado com senha menos a bela quantidade de jogos que tinha ali.

- Pode jogar, a memória desse celular é bem grande, então coloquei bastante jogo para passar o tempo.

Se retirou do local junto com a criança no colo, indo para o corredor onde teria o quarto Argentum. 

[Ikeel Bartley]

Já que Pierre estaria sobre a vigilância de Poem, então não devia ter o que se preocupar, certo? Suspirou, notando que ainda teria que passar na Sala de Reuniões. 
 - Bem, aguardo vocês lá... - Seu tom era claramente de alguém desanimado. Não se dava bem com multidões.

[Edgar Poem]

Poem ia logo atrás de Phoenix.

--Se despediu de mim por que? Você ouviu que fiquei encarregado a cuidar dele. - Perguntava de forma descontraída e menos séria.

[Ikeel Bartley]

- Sinceramente eu também não quero ir... - Confessou, em seguida batendo uma mão na outra. - Posso ficar com vocês com a desculpa de também estar vigiando ele?
 Apesar do medo que tinha com indivíduos do gênero oposto, aqueles dois pareciam boas pessoas. Esperava não estar enganada, pelo menos. Quanto a Pierre, sequer via como ameaça. Seguiu-os.

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